Noticia de Capa

Empossada nova diretoria da ANADEP

O defensor público de São Paulo Antonio Maffezoli comandará a Associação Nacional no próximo biênio (2017/2019)

A ampliação do acesso à Justiça, a efetivação da autonomia da Defensoria Pública e a valorização da carreira do defensor público são alguns dos desafios da nova diretoria da ANADEP, que tomou posse nesta quarta-feira (15), durante solenidade no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília. O ato empossou o presidente, Antonio Maffezoli; os três vice-presidentes: Thaísa Oliveira (institucional), João Gavazza (jurídico-legislativo) e Pedro Coelho (administrativo) e os demais integrantes dos conselhos diretor, consultivo e fiscal da Entidade para o biênio 2017/2019. Os defensores públicos do Piauí, João Batista Viana do Lago (presidente da Associação Piauiense dos Defensores Públicos) e Arilson Malaquias compõem o novo conselho da entidade.

Ao iniciar seu discurso, Maffezoli agradeceu a confiança dos associados e das associações estaduais pela oportunidade de comandar a ANADEP. Ele fez ainda uma saudação especial aos defensores que atuam na ponta. “Especialmente, gostaria de saudar a todas as defensoras e defensores públicos presentes e, com mais ênfase, saudar a todos as defensoras e defensores públicos ausentes, muitos dos quais, mesmo neste horário, ainda devem estar participando de audiências, atendendo ao público ou atrás de grandes pilhas de processos, físicos ou digitais”, disse.

O presidente destacou que uma das prioridades da nova diretoria será a valorização do defensor público e a busca pela simetria com as demais carreiras do sistema de Justiça. “Aproveito a menção à valorização da carreira para destacar que, muito longe da acepção infelizmente comum e pejorativa de corporativismo, a luta por melhores condições de trabalho e de retribuição mira não apenas o próprio defensor público, mas também a qualidade do serviço público prestado. Mais defensores e servidores, boas instalações físicas e tecnológicas, remuneração compatível com as demais carreiras do sistema de Justiça – que exigem a mesma qualificação, responsabilidade e dedicação que a nossa – são fundamentais para que, primeiro, seja possível atrair e manter excelentes profissionais e, segundo, para que eles tenham condições de exercer as suas atribuições institucionais com qualidade”, afirmou.

Atualmente, há 5.842 defensores públicos estaduais em todo o país. De acordo com dados do IV Diagnóstico da Defensoria Pública, produzido pelo Ministério da Justiça, o Brasil soma hoje 2.711 comarcas. A Defensoria Pública só está presente em 39% delas. O déficit é de pelo menos 10 mil profissionais. Ou seja, na grande maioria das comarcas brasileiras, a população conta apenas com o estado-juiz e com o estado-acusação, mas não conta com o estado-defensor, que promove a defesa dos interesses jurídicos das pessoas em condições de vulnerabilidade.

Com uma fala firme, o presidente garantiu aos defensores públicos estaduais que a ANADEP terá uma atuação estratégica na tramitação da PEC 287/2016 (Reforma da Previdência). Segundo ele, é preciso garantir que não haja retrocessos e ataques aos direitos adquiridos. “A luta é para que a Reforma da Previdência não prejudique os direitos adquiridos e as justas expectativas de direito de milhares de defensores públicos, muitos com já dezenas de anos de dedicação à carreira, que ingressaram no serviço público conscientes das regras de aposentação então vigentes e que, em virtude delas, planejaram suas vidas profissionais, familiares e financeiras. A ANADEP e as associações estaduais já estão – e continuarão – firmemente integradas às entidades representativas dos servidores públicos e das demais carreiras do sistema de Justiça, como no ato ocorrido nesta tarde, na Câmara dos Deputados”, pontuou.

A cerimônia de posse reuniu mais de 300 pessoas. Prestigiaram o evento autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, presidentes de Associações Estaduais, ex-presidentes da ANADEP, defensores públicos de diversas regiões e representantes da sociedade civil. Compuseram ainda a mesa de abertura, o ministro interino do Ministério da Justiça, José Levy Mello Amaral Junior; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca; o presidente do Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE), Ricardo Batista; o defensor público-geral da União, Carlos Paz; a presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais, Michele Leite; o deputado federal, Mauro Benevides (PMDB/CE); a presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), Norma Cavalcanti; o presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso; o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme Martins de Oliveira Neto; o desembargador, Adilson Vieira Macabu; e a secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan.

O ministro interino do Ministério da Justiça, José Levy Mello Amaral Junior, falou sobre a atuação dos defensores no sistema carcerário e elogiou a atuação da categoria na força-tarefa de atendimento jurídico que une defensores públicos de todo o país por meio do projeto Defensoria Sem Fronteiras. “Quando o Ministério da Justiça pediu ajuda dos defensores para solucionar a crise carcerária não nos faltou ajuda tanto estadual quanto federal. E foi isso que me trouxe aqui hoje. Nosso objetivo é que essa força-tarefa tenha mobilidade em nosso país para levar acesso à Justiça para as pessoas que estão privadas de liberdade.”

Balanço de Gestão: Joaquim Neto, que conduziu a Entidade durante dois anos (2015/2017), lembrou do trabalho realizado em parceria com as Associações Estaduais e os defensores públicos do país, destacando a posição participativa e democrática que a diretoria se propôs. Ele agradeceu a oportunidade de comandar a Associação Nacional e fez um retrospecto dos 24 meses de trabalho. “Muito nos honrou compor a Diretoria da Associação dos Defensores Públicos do Brasil representar aos quase 6.000 Defensores Públicos de todo o País.”

Também citou os desafios enfrentados no último biênio. “Quando iniciamos o biênio, que ora se encerra, o Brasil nem de longe dava sinais de que entraria na grave crise política e econômica, que terminou por alterar substancialmente os rumos da Nação. No planejamento tínhamos objetivos claros a serem alcançados, sendo o primeiro deles, a efetivação da Emenda Constitucional 80/2014. Outros planos passavam pela reforma da nossa Lei Orgânica Nacional (Lei Complementar 80/94), a criação do Conselho Nacional da Defensoria Pública (CNDP), o monitoramento dos projetos de Emendas Constitucionais nos Estados, bem como as adequações das Leis Orgânicas Estaduais e a busca do respeito absoluto à autonomia da Defensoria Pública.”

A vice-presidente da ANADEP, Marta Zanchi, e a diretora para assuntos legislativos, Clarice Binda, também foram lembradas pelo trabalho à frente da ANADEP, como por exemplo, na atuação da Pauta do Bem, que visa acompanhar no Congresso Nacional temas relacionados à atuação dos defensores públicos. “A Pauta do Bem foi uma ferramenta eficaz para dialogar com os parlamentares sobre o papel do defensor público estadual e para mostrar a importância da Defensoria Pública para as camadas mais vulneráveis da sociedade”, disse Thaísa Oliveira, vice-presidente da ANADEP.

Confira alguns depoimentos:

“Nós – que atuamos no sistema de Justiça – lutamos pelo bem do Brasil, pelo direitos fundamentais e temos lutado por um País melhor. A CONAMP está de portas abertas a toda equipe. Espero dar continuidade ao trabalho já iniciado na gestão anterior. Quando atuamos juntos, só crescemos como Instituição”. – Norma Cavalcanti (CONAMP).

“Os defensores públicos têm um papel importante na administraçãoo da Justiça. Quando atuava no interior do Maranhão, eu via a dificuldade que é atuar sem a presença da Defensoria Pública. A AJUFE se ombreia com a ANADEP com este desafio de lotar todas as comarcas de defensores públicos.” – Roberto Veloso (AJUFE).

“Espero que consigamos prosseguir com esta parceria. Os defensores públicos federais estão à disposição para lutas e para o debate.” – Michelle Leite (ANADEF).

“O nome resistir para avançar talvez expresse de forma muito cristalina o fôlego e a garra dessa Instituição. Não há como pensar na promoção e proteção dos Direitos Humanos sem a atuação combativa da Defensoria Pública.” – Flávia Piovesan (secretária nacional de direitos humanos).

“Nossa missão é cidadã não importa o posto que estejamos. Nós da DPU estaremos sempre unidos e por perto da ANADEP. A luta do povo do brasileiro é a nossa luta. É a luta da Defensoria Pública do Brasil.” – Carlos Paz (DPU).

“Felicitamos a nova diretoria da ANADEP que hoje assume. Não são lutas fáceis. Temos muitas histórias a contar da nossa luta no Legislativo, por exemplo. Foi um biênio difícil, mas as instituições não se intimidaram e lutaram com muita garra e a Defensoria Pública foi um exemplo.” – Ricardo Batista (CONDEGE).

“Quando fui presidente da Associação em São Paulo sempre tive um relacionamento positivo com a Defensoria Pública e à frente da AMB não será diferente. Estamos à disposição e vamos trabalhar juntos. É um momento difícil, mas estamos aqui para contribuir. Jamais esqueçamos do nosso objetivo na carreira pública, que é de prestar um serviço de qualidade ao povo brasileiro.” – Jayme Martins de Oliveira Neto (AMB).

“Eu sou um defensor dos defensores públicos.”– Mauro Benevides (PMDB/CE).

“É com grande prazer que, com quase 30 anos de magistratura, eu vi crescrer uma instituição que nasceu junto com a nossa constituição cidadã. Isso me faz lembrar efetivamente que a Defensoria não veio só para suprir uma demanda. Ela veio suprir as três ondas: o acesso, a coletivização dos direitos e a saída. Ela veio para transformar a realidade dos indivíduos invisíveis.” – Reynaldo Fonseca (ministro STJ).

“A Defensoria Pública percorreu um caminho difícil para chegar no patamar que está hoje. Eu, por exemplo, estive à frente da luta pela criação da LC 80. E nós estamos sempre no combate porque a nossa luta é por uma sociedade mais justa porque o defensor é um agente de transformação social.” – desembargador, Adilson Vieira Macabu.

Informações de Brasília-DF.

 

Entrevistas com candidatos ao cargo de Defensor Público Geral da DPE-PI – 2017/2019

dra Hildeth

PERFIL DA CANDIDATA

Defensora Pública: Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes 

Onde e quando nasceu

Em Teresina, no ano de 1972.

Desde quando é Defensora Pública

Desde 16 de maio de 2008.

Onde iniciou as atividades

Na Defensoria Pública em Inhuma-PI.

Formação: Bacharela em Direito pela Universidade Federal do Piauí. Tem pós-graduação em Educação em Direitos Humanos e em Ciências Criminais ambas pela Universidade Federal do Piauí. Fui Advogada na área trabalhista no início da carreira e Delegada de Polícia até abril de 2008. Membro ativa da Comissão de Direitos Humanos da Arquidiocese de Teresina.

Área de atuação

Era titular da 1ª. Defensoria Pública Itinerante e em recente concurso de remoção na carreira dos Defensores do Estado do Piauí assumiu a titularidade da 3ª Defensoria Pública Criminal da Capital em 23 de janeiro de 2017.

Frase que resume o significado da carreira de Defensor Público

Ser instrumento de transformação social, proporcionando esperança e efetividade de direitos/garantias aos vulneráveis.

Entrevista

  1. Atualmente a Defensoria Pública está presente em 26 Comarcas do Piauí, de um total de 74. Diante dessa realidade, como a candidato a pretende cumprir a norma prevista no artigo 98, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (com redação dada pela EC 80/2014), que fixa o prazo de 8 anos para que todas as unidades jurisdicionais contem com a presença de Defensores Públicos?

Esse é o maior desafio institucional para qualquer Defensor Público Geral no momento, com orçamentos contingenciados e reajustados linearmente dos últimos anos, fica muito difícil cumprir a meta estabelecida na Emenda Constitucional 80/2014, pretendemos apresentar um plano gradativo de universalização dos atendimentos pela DPE/PI e convencer aos nossos governantes que se faz necessário um reforço imediato no orçamento da Defensoria Pública do Estado do Piauí para que essa meta constitucional de proporcionar acesso à Justiça possa ser efetivamente cumprida. Ressalta-se, que nos próximos meses a Defensoria estará presente em mais duas Comarcas Simplício Mendes e Simões, aumentando para 28 Comarcas providas com atendimentos Defensoriais.

  1. A candidata pretende lançar concurso público para o provimento de cargos de Defensor Público? Se sim, quando?

Faz-se necessário termos um quadro de defensores concursados aptos para nomeação, para que seja cumprida a meta constitucional da Emenda 80/2014 com o devido planejamento, bem como para as devidas reposições em casos de aposentadorias e exonerações a pedido, pois muitos colegas defensores migram para outras carreiras jurídicas, o que causa desfalque no já reduzido número de defensores ativos do Estado do Piauí. Pretendemos lançar o concurso no segundo semestre.

  1. Política orçamentária: como reduzir o abismo entre o orçamento da Defensoria Pública e o de outras Instituições?

Evidenciando a importância da missão Institucional da Defensoria Pública aos governantes e a sociedade civil. Convencendo-os que se faz necessário reforçar orçamento da Defensoria, que é instrumento de transformação social e essencial ao bom funcionamento da Justiça.

  1. Em que pese o texto constitucional recomendar a simetria entre as carreiras da Defensoria Pública, Magistratura e Ministério Público, é sabido que ainda há um déficit no que tange ao subsídio do Defensor Público quando comparado aos membros das outras Instituições, inclusive de outras Defensorias. Como a candidata pretende corrigir essa distorção?

Tentando gradativamente reforçar o orçamento da Defensoria, para que seja possível o encaminhamento de projetos de lei que permitam elevar o subsídio da categoria ao teto constitucional, em observância aos limites legais estabelecidos para gasto com pessoal. Ressaltamos que a Defensoria enviará projeto de lei à Assembleia, nesse mês de fevereiro, visando á reposição do subsídio dos Defensores em decorrência das perdas inflacionárias e, assim, nos aproximarmos do teto constitucional.

  1. Ainda no contexto da pergunta anterior, é de conhecimento público que as carreiras da Magistratura e Ministério Público contemplam em suas estruturas remuneratórias o pagamento de alguns auxílios, todos de natureza indenizatória, como o auxílio-alimentação e o auxílio-saúde. Como esse tema será tratado em sua gestão?

No tocante aos auxílios alimentação e auxilio saúde apresentamos, enquanto gestora no biênio 2015/2017, proposta para pagamento na LOA 2017, contudo ainda padece de regulamentação legal e o orçamento 2017 aprovado para DPE PI ainda não permite o pagamento desses auxílios, que entendemos como de natureza indenizatória em face da natureza da atividade defensorial no cotidiano e da própria simetria com as demais carreiras jurídicas. No tocante a concessão de outros auxílios, carecem de estudo de impacto financeiro e de regulamentação.

  1. O artigo 70, § 2º, da Lei Complementar Estadual nº 59/2005 prevê o pagamento de diversas verbas ao Defensor Público. Porém, os valores fixados estão sem reajuste desde 2005. De que forma e em que momento a candidata pretende corrigir essa defasagem?

Fazendo uso da prerrogativa de iniciativa de proposta legislativa e apresentando projeto de lei que permita no mínimo a reposição salarial decorrente de perdas inflacionárias, em observância ao limite do orçamento de 2017 para gastos com pessoal.

  1. Qual a opinião da candidata acerca da decisão tomada pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do Piauí, na 55ª Sessão Extraordinária, de permitir a promoção do Defensor Público mesmo durante o estágio probatório?

Presidi a referida sessão. A referida promoção decorre das prerrogativas constitucionais da simetria com as carreiras jurídicas. Previsão constitucional, ainda que o colega promovido não venha a ser confirmado na avaliação do estágio probatório.

 

  1. Atualmente temos 96 cargos de Defensor Público de 3ª Categoria vagos e outros 34 cargos vagos na 2ª Categoria. A candidata pretende prover esses cargos através de promoção? Se sim, em quanto tempo?

 

Pretendemos realizar as promoções de Defensores Públicos de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira da Instituição. Após a aprovação da lei que aumenta o subsídio e outras vantagens enviadas à Assembleia será realizado estudo detalhado sobre o impacto financeiro de novas promoções e eventual abertura de editais para assunção do Defensor Público a categoria mais elevada. Observando ainda o limite previsto para gasto com pessoal.

  1. Qual a posição da candidata sobre o processo de agregação de Comarcas implementado pelo Tribunal de Justiça? Como pretende adequar a Defensoria Pública a essa nova realidade?

As agregações de comarcas podem dificultar o acesso dos nossos assistidos ao Poder Judiciário, haja vista que muitos vão ter que se deslocar de suas comarcas agregadas para às agregradoras. O fato é que hoje é uma realidade e a Defensoria Pública deve reforçar algumas comarcas com mais defensores públicos, bem como rever as comarcas que terão prioridade para a instalação de Defensoria Pública.

 

  1. Por que o Defensor Público do Piauí deve votar na senhora?

Ao longo de quase dois anos a atual gestão obteve muitas conquistas para a Instituição. (autonomia financeira, plano estratégico, modernização da TI, gerenciamento da folha de pagamento, reformas e melhorias em algumas sedes e etc). Esses dois anos foram intensos e rápidos, temos alguns projetos que não foram possíveis de conclusão, tais como a reforma do Núcleo Central e a construção de uma sede própria na Unidade da João XXIII que concentrasse todos os órgãos de execução da Defensoria Pública da Capital. Enfim, queríamos a oportunidade para dá continuidade aos projetos iniciados, estabelecendo prioridades em alguns objetivos do plano estratégico 2016/2020 para efetivação no biênio 2017/2019. Temos a plena certeza de que juntos poderemos avançar mais.

 

 dr Ulisses

PERFIL DO CANDIDATO

Defensor Público: Ulisses Brasil Lustosa

Onde e quando nasceu

No dia 10 de Outubro de 1960, Teresina-PI.

Desde quando é Defensor Público

Desde 1986.

Onde iniciou as atividades

Cidade São João do Piauí-PI.

Formação

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Piauí em 1981, Especialização em Docência Superior na Faculdade São Judas Tadeu, já tendo lecionado nas faculdades CEUT e AESPI.

Área de atuação

Criminal.

Frase que resume o significado da carreira de Defensor Público

Defender o pobre.

 

Entrevista

  1. Atualmente a Defensoria Pública está presente em 26 Comarcas do Piauí, de um total de 74. Diante dessa realidade, como a candidato a pretende cumprir a norma prevista no artigo 98, § 1º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (com redação dada pela EC 80/2014), que fixa o prazo de 8 anos para que todas as unidades jurisdicionais contem com a presença de Defensores Públicos?

Realizar concurso público para defensores e servidores, a fim de cumprir o que a lei determina.

  1. O candidato pretende lançar concurso público para o provimento de cargos de Defensor Público? Se sim, quando?

 

Sim, logo que tomar posse do cargo de Defensor Público Geral.

  1. Política orçamentária: como reduzir o abismo entre o orçamento da Defensoria Pública e o de outras Instituições?

 

Dialogar com o Governador e Deputados para pedir aumento no orçamento.

  1. Em que pese o texto constitucional recomendar a simetria entre as carreiras da Defensoria Pública, Magistratura e Ministério Público, é sabido que ainda há um déficit no que tange ao subsídio do Defensor Público quando comparado aos membros das outras Instituições, inclusive de outras Defensorias. Como o candidato pretende corrigir essa distorção?

 

Não pretendo aumentar o subsidio dos Defensores Públicos, irei aumentar apenas o salário dos estagiários e funcionários, estes que irão investir e realizar um melhor atendimento, auxiliando, assim, os Defensores Públicos.

  1. Ainda no contexto da pergunta anterior, é de conhecimento público que as carreiras da Magistratura e Ministério Público contemplam em suas estruturas remuneratórias o pagamento de alguns auxílios, todos de natureza indenizatória, como o auxílio-alimentação e o auxílio-saúde. Como esse tema será tratado em sua gestão?

 

Tratando de tais benefícios, não significa de dizer que estamos aumentando o subsídio dos Defensores, dentro do orçamento pretendo pagar as mesmas gratificações das referidas carreiras.

  1. O artigo 70, § 2º, da Lei Complementar Estadual nº 59/2005 prevê o pagamento de diversas verbas ao Defensor Público. Porém, os valores fixados estão sem reajuste desde 2005. De que forma e em que momento o candidato pretende corrigir essa defasagem?

Pretendo colocar no orçamento de 2017, para que em 2018 tal regularização seja afeita, mas se o orçamento atual permitir tal regularização, assim será feito.

  1. Qual a opinião do candidato acerca da decisão tomada pelo Conselho Superior da Defensoria Pública do Piauí, na 55ª Sessão Extraordinária, de permitir a promoção do Defensor Público mesmo durante o estágio probatório?

Tal decisão é imoral e ilegal, pois durante o estagio probatório o mesmo ainda não está admitido na carreira de Defensor Público.

  1. Atualmente temos 96 cargos de Defensor Público de 3ª Categoria vagos e outros 34 cargos vagos na 2ª Categoria. O candidato pretende prover esses cargos através de promoção? Se sim, em quanto tempo?

 

Sim, As promoções serão feitas pelos critérios previstos em lei, quais sejam, de merecimento e antiguidade, imediatamente.

  1. Qual a posição do candidato sobre o processo de agregação de Comarcas implementado pelo Tribunal de Justiça? Como pretende adequar a Defensoria Pública a essa nova realidade?

 

Não existe em lei agregação, entendo que é ilegal e inconstitucional, por esta ilegalidade é reduzido o acesso do jurisdicionado a justiça, Se uma Comarca for extinta os cargos ficarão em indisponibilidade. Pretendo entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade para que volte ao normal.

  1. Por que o Defensor Público do Piauí deve votar no senhor?

Porque sou um dos mais antigos da classe, conheço todas as comarcas do interior e a capital, consequentemente todos os seus problemas e inicialmente irei estruturar os serviços dos estagiários, assessores, motoristas e demais servidores, colaborando com o que, o Defensor Público necessita atualmente, ou seja, auxiliares, para que possam desempenhar sua função principal de defender o pobre.

NOTA

A Comissão Eleitoral, responsável pelo processo de formação da Lista Tríplice para escolha do Defensor Público Geral da Defensoria Pública do Estado do Piauí, recebeu as inscrições de três candidatos que estão concorrendo ao Cargo de Defensor Público Geral para o biênio 2017/2019. São os inscritos:

Dr. Ulisses Brasil Lustosa – Processo Administrativo  Nº 00078/2017
Dr. Reginaldo Correia Moreira – Processo Administrativo Nº 00115/2017
Dra. Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes – Processo Administrativo Nº 00151/2017

Para garantir que os Defensores Públicos do Estado do Piauí conheçam e possam analisar as propostas de cada candidato, a Associação Piauiense dos Defensores Públicos (APIDEP) decidiu realizar entrevistas para serem disponibilizadas em seus canais de comunicação durante o processo. A APIDEP recebeu as respostas dos candidatos (Dr. Ulisses Brasil Lustosa e Dra. Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes). O candidato Dr. Reginaldo Correia Moreira optou pelo direito de não responder às perguntas.

A eleição da Lista Tríplice será realizada dia 20 de fevereiro, das 8h às 15h, no Núcleo Central da Defensoria Pública, localizado na Rua Nogueira Tapety, 138, bairro dos Noivos.

 

 

Empossadas três novas Defensoras Públicas do Estado do Piauí

Nesta segunda-feira (13), na Escola Superior da Defensoria Pública, aconteceu a solenidade de posse das novas Defensoras Públicas Ana Paula Passos Mattos Moreira, Ana Cristina Carneiro de Melo e Ana Teresa Ribeiro da Silveira que passam a compor a Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI). As três foram nomeadas pelo Governo do Estado no dia 17 de janeiro.

A solenidade começou com a leitura do Termo de Posse pelo Corregedor Geral, José Wellington de Andrade. Em seguida, as empossadas realizaram o juramento e a assinatura do Termo de Posse. A Defensora Pública Ana Teresa Ribeiro da Silveira, proferiu discurso em nome das três empossadas, destacando a caminhada de esforço e dedicação até o momento.

“Trazemos nossa bagagem, nossa história, o que para nós é valioso demais. Estamos sim nos comprometendo com a Defensoria Pública, com a sociedade e com nossos familiares, que esperam de nós atitudes e ações compatíveis com a nova carreira que agora assumimos”, declarou Ana Teresa Ribeiro da Silveira.

O vice-presidente da Associação Piauiense dos Defensores Públicos (APIDEP), o Defensor Público, Robert Rios Magalhães Júnior, cumprimentou as novas Defensoras em nome da Associação. “O caminho até aqui é muito árduo e muitas vezes nosso papel não é devidamente reconhecido, mas garanto que o trabalho é recompensador. Os nossos assistidos tem muito a nos oferecer em aprendizado e no final o caminho deverá ser recompensador para vocês”, afirmou o vice-presidente e complementou dizendo que “a APIDEP está de portas abertas para ajuda-las no que precisarem”.

O Defensor Público Geral em Exercício, Erisvaldo Marques dos Reis, relatou a felicidade da Instituição em receber as novas Defensoras. “Estamos vivendo uma nova etapa. Esperamos viver uma Defensoria mais forte, mais atuante, com mais membros e com conhecimento, já demonstrado no discurso da dra. Ana Teresa, que cada vez mais nos fortalece”, declarou.

“A Constituição assegura de forma muito ampla os direitos ditos fundamentais mais básicos, como a liberdade e a saúde, por exemplo. Para garantir o acesso dos mais necessitados a esses bens fundamentais, a porta de entrada tem sido a Defensoria Pública”, disse, ao final da solenidade, o Defensor Público e vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), Arilson Malaquias, pontuando o fortalecimento da Defensoria Pública ao longo dos anos.

XIII Congresso Nacional de Defensores Públicos; VALORES DAS INSCRIÇÕES

A Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) e a Associação dos Defensores Públicos de Santa Catarina (ADEPESC) têm a honra de convidá-lo para o XIII Congresso Nacional de Defensores Públicos, que ocorrerá em novembro de 2017, em Santa Catarina.

O XIII CONADEP reunirá defensores públicos, juristas, estudantes e representantes da sociedade civil neste que é o maior evento da Defensoria Pública brasileira. O Congresso deve ainda oportunizar o debate dos principais temas relacionados à Instituição e o papel do defensor público na sociedade.

O hotel oficial do evento será o Costão do Santinho, localizado em Florianópolis, à beira-mar da Praia do Santinho. Para verificar valores e efetuar reserva no hotel acesse: http://tinyurl.com/jo26rbu.

A previsão é que até o final de fevereiro as inscrições sejam abertas.

 

Fonte: ANADEP

 

Novas Defensoras Públicas serão empossadas em fevereiro

O Defensor Público Geral em exercício, Erisvaldo Marques dos Reis, esteve reunido na última sexta-feira (27) com três novas Defensoras Públicas, nomeadas pelo Governador Wellington Dias em decreto datado do dia 17 de janeiro de 2017, por força do Mandado de Segurança nº 2008.001.000683-9, que tramitou no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e foi confirmado pelo Supremo Tribunal Federal no recurso extraordinário nº 837.311, conforme o Edital Nº 15/2004 do Concurso Público para Defensor Público do Estado do Piauí. O referido decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado Nº 11, de 16 de janeiro de 2017.

Participaram da reunião com  o Defensor Geral em exercício as nomeadas Ana Paula Passos Mattos Moreira, Ana Cristina Carneiro de Melo e Ana Teresa Ribeiro da Silveira. Na oportunidade foi acertado que a posse das três novas Defensoras Públicas acontecerá no próximo dia 13 de fevereiro, às 9h, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública, localizado na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 1342, Bairro de Fátima.

‘Será uma grande satisfação receber três novas Defensoras Públicas nos quadros da Defensoria, o que permitirá que possamos dar seguimento ao processo de interiorização da Instituição”, afirma Erisvaldo Marques.

Também foram nomeados na mesma data pelo Governador Wellington Dias Eugênia Nogueira do Rego Monteiro Villa, Carlos Augusto Belchior Bitencourt, Nartan da Costa Andrade e Verônica Frota de Castro.

Fonte: DPE-PI

Defensoria participa de reunião no TJ/PI sobre ações relacionadas ao sistema prisional

A Defensora Pública Geral do Estado do Piauí, Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes, o Subdefensor Público Geral, Erisvaldo Marques dos Reis e o Diretor Criminal da DPE-PI, Sílvio César Queiroz Costa, participaram nesta quinta-feira (19), no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, de reunião com os demais órgãos e instituições que trabalham com o sistema prisional do Estado. O encontro foi solicitado pelo Presidente em Exercício do TJ/PI, Desembargador José James Gomes Pereira.

A reunião teve como finalidade discutir ações efetivas no sentido de minimizar os problemas do sistema carcerário, atendendo a uma solicitação direta da Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministra Carmén Lúcia, na oportunidade foi proposto um esforço concentrado no sentido de dar andamento aos processos, especialmente os relacionados aos presos provisórios, que no Piauí correspondem a 60% , tendo o Estado número em torno de 4.200 encarcerados. Na oportunidade foi tratada de forma específica sobre a implantação das audiências de custódia no município de Parnaíba.

Durante o encontro representantes dos órgãos e instituições se posicionaram sobre a questão dos presídios expondo suas ações para tentar minimizar a situação da superlotação relacionada ao preso provisório, assim como para garantir a realização das audiências de custódia, que têm sido um importante passo na redução do número de encarcerados.

A Defensora Pública Geral, Hildeth Evangelista, se posicionou mostrando as ações da DPE-PI especialmente no tocante ao atendimento ao preso provisório e à tomada de medidas que identificam a real situação das pessoas privadas de liberdade para que, a partir dai possam ser encaminhadas as ações necessárias não para promover a soltura, mas para garantir o prosseguimento legal dos processos, assegurando a garantia dos direitos . “A Defensoria vem desenvolvendo ações, muitas das quais em parceria com a Secretaria de Justiça, buscando otimizar o atendimento dentro dos presídios e em toda a área criminal. Uma delas é a Força Tarefa Defensorial que desenvolvemos com êxito no ano passado nas Penitenciárias Irmão Guido, Feminina e também na Casa da Custódia, nas quais cerca de 10 Defensores Públicos deram encaminhamentos a 70 processos cada um. É de conhecimento público que a Defensoria ainda possui um número muito pequeno de Defensores, hoje só conseguimos chegar a 26 Comarcas no interior do Estado. Nosso problema é orçamentário, mas mesmo assim temos avançado, procurando reforçar nosso atendimento na área criminal especialmente em relação ao preso provisório e a execução penal, contudo precisamos para isso estar devidamente inteirados da situação em cada Comarca, ter conhecimento prévio para que possamos direcionar nossos esforços buscando atender a essa enorme demanda que temos dentro do sistema prisional. A Defensoria está disposta a colaborar”, afirmou.

O Desembargador José James fez uma avaliação das tratativas firmadas com os integrantes da reunião que contou, além da Defensoria Pública, com a presença de representantes do Ministério Público, Secretaria de Segurança, Secretaria de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), Polícia Militar, Polícia Civil, Associação dos Magistrados, Oficiais de Justiça e Servidores do TJ-PI.

“Foi um encontro produtivo com todos os atores no sentido de minimizar a situação carcerária, que é grave e alcança todo o país. Neste sentido o TJ-PI estará amanhã em Parnaíba para viabilizar a instalação do projeto Audiência de Custódia, que atua na redução do ingresso de presos provisórios no sistema penitenciário. Outra ação com o mesmo foco é a designação de mais juízes para atuar nas Varas Criminais com um esforço concentrado nos próximos 90 dias para o julgamento de presos provisórios. E é exatamente essa indefinição na vida do preso provisório, que não sabe se será condenado ou absolvido, que gera uma maior tensão dentro dos presídios. O principal é que se defina a situação do preso”, pontuou o Desembargador.

Fonte: DPE-PI

Nota Pública: Resposta da ANADEP à coluna do Cláudio Humberto, no Diário do Poder

A Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) encaminhou nesta terça-feira (17) pedido de resposta ao colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. O comunicado da Associação Nacional tem por objetivo esclarecer aos leitores e, principalmente, demonstrar que o texto publicado está equivocado em suas colocações.

Confira a íntegra do texto:

A Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) vem, por meio deste comunicado, responder à coluna do Cláudio Humberto, no Diário do Poder. Sob o título “Com pena: Leva para casa”, o texto introduz uma afirmação equivocada de um relevante serviço prestado pela Defensoria Pública brasileira na área da execução penal.

A Defensoria Pública é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014).

É importante frisar que, conforme a Constituição Federal, é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. Além disso, os Defensores Públicos, por meio da Lei 7.210/84 (Execução Penal), atuam para que não haja redução de direitos e/ou garantias individuais fundamentais desse grupo. Mesmo com número reduzido de profissionais, a Defensoria Pública tem ao longo dos anos exercido papel fundamental para assegurar que a Lei seja cumprida, contribuindo para que os apenados sejam incluídos na sociedade.

Dados do Departamento Penitenciário Brasileiro (DEPEN/MJ) mostram que o Brasil tem mais de 600 mil pessoas presas e um déficit de 210 mil vagas no sistema penitenciário. Já no início deste ano as rebeliões – que se espalham em prisões de todo o país – revelam o caos do nosso sistema e um problema conhecido dos Defensores Públicos que atuam na execução penal: a superlotação e as más condições dos presídios.

A progressão de pena dos presos segue todos os critérios da Lei e não se constituirá em fator de instabilidade social.

Assim sendo, a ANADEP solicita a publicação do direito de resposta para uma justa reparação das informações e para defender a reputação profissional e funcional dos mais de seis mil defensores públicos estaduais.

Joaquim Neto

Presidente da ANADEP

 

Conselho realiza primeira Sessão Ordinária de 2017 e aprova prestação de contas do Fundo de Modernização

O Conselho Superior da Defensoria Pública realizou na sexta-feira, dia 13 de janeiro, sua primeira Sessão Ordinária do ano de 2017. Sob o número 79, a Sessão aconteceu na sede do Conselho, na avenida Nossa Senhora de Fátima, 1342, bairro de Fátima, sendo conduzida pela Presidente do Colegiado e Defensora Pública Geral, Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes.

Abrindo a Sessão a Presidente informou aos demais Conselheiros sobre reunião com o Governador Wellington Dias, durante a qual o Chefe do Poder Executivo se posicionou sobre a nomeação de novos Defensores. “O Governador assegurou o compromisso firmado conosco em relação à suplementação que se destinará ao pagamento dos subsídios dos novos Defensores nomeados atendendo a decisão judicial e temos previsão que até o mês de fevereiro já poderemos contar com novos Defensores em nossos quadros, sendo que dos 7 nomeados três desistiram formalmente”, disse.

A Presidente destacou ainda a instalação da Defensoria em salas devidamente equipadas dentro da Central de Flagrantes e Casa de Custódia, o que facilitará o trabalho dos Defensores Públicos nesses locais. Dentro dos informes, Hildeth Evangelista comunicou aos demais membros do Colegiado sua decisão de candidatar-se à reeleição para Defensora Pública Geral, devendo para isso licenciar-se do cargo no próximo dia 20 de janeiro, conforme previsto na Resolução CSDPE Nº 036/2012. . “Tomei essa decisão com a determinação de concretizar alguns objetivos e também pela consolidação da autonomia da Defensoria Pública prevista no Plano Estratégico. Foram dois anos de muito aprendizado e queremos dar seguimento ao trabalho iniciado. Me afasto no dia 20 e assume o nosso Subdefensor Público Geral, Erisvaldo Marques, que tenho a convicção continuará a conduzir a nossa Instituição”, afirmou Hildeth Evangelista.

Durante a Sessão se manifestaram, entre outros, o Presidente da APIDEP, João Batista Viana do Lago Neto, que tratou sobre a condução dos Plantões Defensoriais e o Conselheiro Alessandro Andrade Spíndola, que aproveitou o momento para apresentar um relatório das atividades do Conselho Superior nesta gestão. “Resolvemos apresentar esse relatório para que possamos tornar público, de uma forma organizada, tudo que foi feito por este Conselho durante essa gestão. Dessa forma podemos observar entre outras ações, que foram analisados 50 Expedientes, criadas 23 Resoluções e realizadas 35 Sessões entre Ordinárias, Extraordinárias e Solenes”, informou Alessandro Spíndola, destacando que o referido relatório será disponibilizado na Ata da Sessão realizada nesta sexta-feira, tendo sido ao final da apresentação parabenizado pela Presidente pela atuação eficiente.

Em seguida foram distribuídos os Expedientes na ordem regimental, ficando o Processo Administrativo Nº 002515/2016, tendo como requerente a APIDEP e versando sobre a concessão de licença-paternidade no âmbito da Defensoria Pública, para a relatoria do Conselheiro Marcos Martins de Oliveira. O segundo Expediente, Processo Administrativo Nº 04093/2016 tendo como requerente a Diretoria Itinerante, sobre a alteração da Resolução do CSDPE Nº 014/2013 que estabelece as atribuições da Defensoria Pública Itinerante, ficou para a relatoria do Conselheiro Alessandro Andrade Spíndola.

A Presidente do Colegiado propôs a deliberação de dois pontos extra pauta, o que foi acordado pelos demais Conselheiros, passando-se a discussão do Processo Administrativo Nº 00049/2017 de alteração da Resolução CSDPE Nº 29/2009, que dispõe sobre a regulamentação do estágio forense da DPE-PI, mais especificamente em relação ao artigo 16, relativo ao valor da remuneração, sendo sugerido que seja de R$ 800,00, o que é compatível com o Orçamento da Instituição. O segundo ponto extra pauta Processo Administrativo Nº 00050/2017, tratou sobre alteração no Anexo da resolução CSDPE Nº 070/16, sobre a concessão de diárias no âmbito da Defensoria Pública, ambas aprovadas por unanimidade pelo Colegiado.

O primeiro ponto da pauta foi relativo a apreciação da prestação anual de contas do Fundo de Modernização e Aparelhamento da Defensoria Pública do Estado do Piauí – FMADPEP, submetido ao Colegiado após acolhimento integral de pedido formulado pela Defensora Pública Geral. A apresentação contou com a explanação feita pela Coordenadora de Orçamento e Finanças, Isabel Rodrigues da Silva que atualmente substitui no cargo Ana Márcia da Costa Santos, afastada para licença maternidade. A prestação de contas foi aprovada por unanimidade pelo Colegiado.

O segundo ponto da pauta tratou sobre manifestação do Conselho pela confirmação ou não na carreira de Defensores Públicos de 1ª Categoria , submetidos a estágio probatório para aquisição da estabilidade funcional, após a Avaliação e desempenho, conforme art. 11 da Resolução do Conselho Superior de nº 007/2007 e o artigo 17, Xl da Lei Complementar Nº 59/2005. Após a apreciação de cada processo o Colegiado se manifestou, por unanimidade, favorável a confirmação na carreira dos Defensores Públicos concludentes do estágio probatório. Sendo confirmados os Defensores Públicos Leandro Damasceno Ribeiro, Marcell Jofilly de Sousa, Daisy dos Santos Marques, Luíz Alvino Marques Pereira, Natália e Silva de Almendra Freitas e Priscila Poegere Rodrigues da Silva.

Participaram da sessão desta sexta-feira além da Presidente do Conselho e Defensora Pública Geral, Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes os Conselheiros Erisvaldo Marques dos Reis, Subdefensor Público Geral; José Weligton de Andrade, Corregedor Geral da DPE-PI; Alessandro Andrade Spíndola; Eric Leonardo Pires de Melo; Dárcio Rufino de Holanda; Ludmila Maria Reis Paes Landim Moreira Rêgo e Rogério Newton de Carvalho Sousa. Presentes também o Ouvidor Geral da DPE-PI, Nayro Victor Lemos Resende e o Presidente da Associação Piauiense de Defensores Públicos, João Batista Viana do Lago Neto. Ausência justificada do Conselheiro Dr. Marcos Martins de Oliveira.

Fonte: DPE-PI

Subdefensor Público Geral participa de reunião do Gabinete de Gestão Integrada do Piauí

O Subedefensor Público Geral do Estado do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis participou na última quinta-feira (12) da reunião do Gabinete de Gestão Integrada do Piauí (GGI-PI), que envolveu dezenas de instituições estatais e civis. A elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública é balizada na perspectiva de que a visão policial não é suficiente para traçar um plano de segurança.

A iniciativa conta com apoio de instituições acadêmicas como a Universidade Federal do Piauí, o Instituto Federal (IFPI) e a Universidade do Estado e deve estreitar as políticas públicas de segurança com as políticas gerais de planejamento, através da Secretaria de Planejamento (Seplan), em consonância com o Fórum de Brasileiro de Segurança Pública e com parâmetros internacionais como o protocolo de Bogotá.

Durante a reunião, que foi conduzida pelo Coordenador do GGI, Secretário de Segurança Pública Fábio Abreu e pela Governadora em Exercício, Margarete Coêlho, foram apresentados pela Polícia Civil os gráficos e mapas que apontaram um diagnóstico da criminalidade na capital e no interior. Os dados indicam uma concentração de ocorrências criminais em regiões determinadas. Sobre crimes de homicídios em Teresina, por exemplo, 50% dos casos incidem em 14 bairros dos 123 bairros da capital. Em nível estadual, 19 dos 224 municípios abrigam 50% dos crimes de homicídio.

Apesar do crescimento geral no número de homicídios na capital e no interior, a Polícia detectou um dado positivo no aumento do número de municípios sem registro de homicídios. Em 2015, 109 municípios não registraram esse tipo de ocorrência. Em 2016, 123 municípios não registraram casos de assassinato. “Diante desses dados podemos verificar o que está acontecendo, como é que anda a criminalidade, quais são os crimes mais frequentes, onde eles ocorrem e como são executados. A partir daí colocar isso em debate com a sociedade e a partir para tirar as propostas, as políticas públicas que serão realizadas. Queremos possibilitar que a sociedade acompanhe essas política pública nos 12 territórios de desenvolvimento e particularizar que tipo de evento acontece em cada um deles, que estrutura temos e o que precisamos”, reforçou a Governadora em Exercício, Margarete Coêlho, sobre a atividade.

Para o Subdefensor Público Geral, Erisvaldo Marques, o Gabinete de Gestão Integrada do Piauí (GGI) representa um avanço na política de segurança pública estadual. “O Gabinete de Gestão Integrada visa um estudo mais aprofundado da criminalidade no estado do Piauí e a partir desse será possível implementar políticas públicas relacionadas à segurança e demais setores correlatos nos 12 territórios de desenvolvimento do Estado, observando-se as peculiaridades de cada área. A Defensoria Pública atende a parte da população mais vulnerável da sociedade piauiense e é a que é mais atingida pela violência devido a falta de ações integradas entre órgãos, instituições e a sociedade civil. Assim, o plano proposto pode gerar uma série de políticas públicas em prol de uma vida com mais dignidade a todos os cidadãos, haja vista que deverá ter como foco a prevenção da criminalidade e desenvolvimento de políticas públicas voltadas para resolver os problemas que podem levar pessoas a cometerem crimes”, disse.

A Secretaria de Segurança Pública garante que a ideia é ouvir cada vez mais as comunidades. “Essas reuniões serão cada vez mais periódicas. Queremos, primeiro, para traçar as metas e depois uma avaliação do que realmente conseguimos avançar nesse sentido. Vamos realizar plenárias no interior e em Teresina para elaborarmos um plano que atenda as necessidades da população”, afirmou o Secretário Fábio Abreu. Também participaram da primeira reunião do GGI-PI representantes da Polícia Civil, Sejus, Tribunal de Justiça, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Uespi, Ufpi, IFPI, APPM, Fundação Cepro, Seplan, OAB, Ministério Público e Conselhos Comunitários de Segurança Pública.

Fonte: DPE-PI