Justiça trabalhista concilia quase metade dos processos no primeiro semestre

As varas de trabalho do país fizeram conciliação em 422.316 processos no primeiro semestre deste ano, apontam dados da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho. Isso corresponde a 49,75% das 848.815 ações examinadas no período, na fase de conhecimento.

A região que realizou o maior número de conciliações foi São Paulo, com 79.447 processos (ou 54,1% do total) solucionados. O estado foi seguido por Minas Gerais, com 54.009 acordos, e pela cidade paulista de Campinas, com 50.636.

A Justiça de Alagoas apresentou o melhor aproveitamento, com conciliações em 65,37% dos processos. As varas trabalhistas que atendem os estados do Pará e Amapá vêm em seguida, com 59,43% das ações acordadas. Em Mato Grosso, em 58,95% dos casos houve conciliação.

Uma das varas que têm obtido destaque na conciliação é a de Videira, localizada no meio-oeste de Santa Catarina. A unidade conquistou, por dois anos consecutivos, o Prêmio Excelência, concedido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) até 2012. Em 2011, por exemplo, de cada 100 processos solucionados na unidade, 86 foram por acordo e apenas 14 por sentença.

“Somos uma cidade de 50 mil habitantes, onde o pessoal aceita bem o diálogo e o acordo”, explica o juiz titular da vara trabalhista de Videira, Luiz Osmar Franchin. No primeiro semestre deste ano, dos 946 processos solucionados na unidade, 851 – ou seja, quase 90% do total –, foram por acordo.

“As pessoas sabem que, se tiver de cobrar, eu cobro”, assinala Franchin. “Mas ajuda o fato de que, na faculdade de direito daqui, os alunos já trabalham com a linha de pensamento voltada para a conciliação. Há um esforço conjunto dos servidores e dos advogados para buscar o acordo. As empresas também sabem que essa solução significa segurança jurídica”.

A conciliação é um método rápido e barato para as partes solucionarem um conflito. Todo ano o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) coordena a Semana Nacional da Conciliação, mobilização que envolve os tribunais estaduais, federais e trabalhistas do País.

O objetivo é realizar o maior número possível de acordos, com a finalidade de reduzir o estoque de processos na Justiça brasileira. Os tribunais de São Paulo (TRT2), Minas Gerais (TRT3), Distrito Federal e Tocantins (TRT10), Santa Catarina (TRT12), Campinas/SP (TRT15), Espírito Santo (TRT17), Goiás (TRT18)  e Sergipe (TRT20) estão com as inscrições abertas para a Semana da Conciliação deste ano, marcada para os dias 24 a 28 de novembro.

Confira abaixo como se inscrever:

TRT 2ª Região (São Paulo) – Inscrições podem ser feitas até dia 30 de outubro. Lá, a Semana Nacional de Conciliação será dobrada: começará no dia 24 de novembro e terminará duas semanas depois (5/12). Clique aqui para se inscrever.

TRT 3ª Região (Minas Gerais) – Interessados podem enviar seus pedidos diretamente para as Varas do Trabalho em que tramitam os processos. As inscrições também poderão ser enviadas até o dia 15/11 para a Central Permanente de Conciliação de 1º grau, o Núcleo de Conciliação do 2º Grau, ou ainda para a Secretaria de Execuções e Precatórios (SEP). Clique aqui para saber mais.

TRT 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins) – Interessados em apresentar propostas concretas de acordo nos processos em que são partes devem entrar em contato com o Núcleo de Incentivo à Conciliação do TRT10, pelo e-mail conciliar@trt10.jus.br, indicando o número do processo e a vara do trabalho onde ele tramita. Clique aqui para mais informações.

TRT 12ª Região (Santa Catarina) – O interessado deve preencher o formulário disponível na página do Programa Conciliar do TRT12 ou enviar um e-mail para conap@trt12.jus.br. Clique aqui para mais informações.

TRT 15ª Região (Campinas/SP) –Empresas e trabalhadores que possuem processos trabalhistas e têm interesse em fazer acordos podem solicitar o agendamento de audiência de conciliação pela internet, por meio do Formulário Conciliar, disponível na homepage do TRT15. Clique aqui para acessar.

TRT 17ª Região (Espírito Santo) –As inscrições podem ser feitas até o dia 3/11, pelo link Conciliação, no portal do TRT-ES. Clique aqui para mais informações. Clique aqui para se inscrever.

TRT 18ª Região (Goiás) – Interessados em conciliar devem preencher formulário disponível no site do Tribunal, clicando no banner da Semana Nacional de Conciliação. Clique aqui para acessar.

TRT 20ª Região (Sergipe) – Interessados devem preencher formulário até o dia 30 de outubro. Clique aqui para se inscrever.

Fred Raposo
Agência CNJ de Notícias

Defensoria Pública participa de aula interdisciplinar em Piripiri

Os Defensores Públicos da Defensoria Regional de Piripiri, Dr. Arilson Pereira Malaquias e Dr. Wendel Damasceno Sousa, participaram no último dia 03 deste mês de dezembro de uma Atividade Interdisciplinar na Christos Faculdade do Piauí ( Chrisfapi) do referido município.

O evento foi dirigido às turma do Curso de Direito da faculdade e contou com a participação de membros da Defensoria Pública, Magistratura, Ministério Público, OAB e Professores. Na oportunidade foi discutida com os alunos a problemática da chamada “morosidade da prestação jurisdicional”, abordando suas causas e mecanismos de soluções para a busca de uma maior celeridade em favor da população.

O Defensores Públicos presentes destacaram o papel e a importância da Defensoria Pública dentro do Sistema de Justiça e a forma de atuação, no sentido de agilizar a solução dos conflitos apresentados à Instituição, apesar do deficitário número de agentes no Estado, apontando que um maior investimento em favor de todo o Sistema traria resultados mais positivos na efetividade e agilização dos serviços prestados.

Os representantes das demais Instituições presentes concordaram que a falta de investimentos e estrutura é uma das principais causas da demora na prestação dos serviços do aparelho de Justiça, devendo a luta por maiores investimentos no setor ser cobrada também dos Conselhos Nacionais de Justiça e Ministério Público junto aos Poderes Executivo e Legislativo.

O evento foi considerado um sucesso pelos organizadores e participantes, tendo agradado aos os alunos, que tiveram oportunidade de entender a prática jurídica e de como a celeridade processual pode ajudar a desafogar os processos no Poder Judiciário.

Fonte: Chrisfapi

Controle da Convencionalidade é um dos temas debatidos no 3º dia do XI CNDP

No terceiro dia as palestras o tema “O Controle da Convencionalidade e a Defensoria Pública” foi um dos painéis centrais da tarde desta sexta-feira (15), no XI Congresso Nacional dos Defensores Públicos.
Membros da Associação Piauiense de Defensores Públicos (APIDEP) participaram do debate que foi conduzido pelo pós-doutor em Ciências Jurídico-políticas pela Universidade de Lisboa, Valério Mazzuoli; o ex-Defensor Público-geral do Mato Grosso, Roberto Tadeu Vaz Curvo; a assessora internacional da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Julia Schirmer; o defensor público do Espírito Santo, Bruno Pereira Nascimento; e o defensor público do Amazonas, Marco Aurélio Martins.

Mazzuoli é autor da obra Controle de Convencionalidade – um panorama latino-americano Brasil/ Argentina/ Chile / México/ Peru/ Uruguai, lançado pela editora Gazeta Jurídica. Na obra, ele destaca que o chamado “controle de convencionalidade” é um método totalmente inovador de controle da produção normativa doméstica e dos atos normativos do poder público, que tem como paradigma não somente a Constituição do Estado, mas também as convenções internacionais sobre direitos humanos ratificadas pelo Estado e em vigor no país. Apenas muito recentemente o tema começou a ser estudado no Brasil – e nos demais países da América Latina. Segundo ele, o direito brasileiro está ligado a um novo tipo de controle das normas, que é o controle de convencionalidade das leis, tema que antes da Emenda Constitucional nº 45/2004 era totalmente desconhecido.

“Estamos numa nova fase do direito brasileiro. Estamos numa fase que entendemos que o direito é um diálogo. Estamos numa fase de pós-modernidade jurídica e não podemos aceitar que tenhamos o mesmo entendimento de tempos passados. Neste sentido, acho que este Congresso tem um papel fundamental, pois se o direito internacional pode ajudar a termos mais uma garantia que seja, acho que cumpre-se o papel da academia. Isto não significa deixar a Constituição de lado”, argumentou Mazzuoli, destacando também a importância dos embargos declaratórios.

APIDEP participa de painéis no segundo dia do XI CNDP

Seguindo a programação do XI Congresso Nacional de Defensores Públicos, no segundo dia de encontro, Defensores Públicos do Piauí, em especial associados à APIDEP, participam de diversos painéis que compõem, nesta quarta (14), a programação do evento que acontece até o dia 16, no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo.

Exemplos positivos da atuação em tutelas coletivas, pelos Defensores Públicos, assim como um olhar cético para a realidade de seus resultados em determinadas regiões do país foram assuntos abordados durante o painel Atuação Coletiva da Defensoria Pública.

Outro tema abordado foi os Direitos do usuário e o papel da Ouvidoria e Corregedoria. O painel contou com a participação do diretor e ouvidor do Departamento de Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (SDH), Bruno Renato Nascimento Teixeira, que destacou a temática dos Direitos Humanos e também a positiva parceria com as Defensorias Públicas na defesa dos direitos humanos em âmbito nacional.

Mais de 800 defensores públicos acompanham solenidade de abertura do XI CNDP

Mais de 800 pessoas lotaram o auditório Penedo 1 para acompanhar a cerimônia que deu início oficialmente aos trabalhos do Congresso, que se encerram no sábado (16). Compuseram a mesa de abertura, além da presidente da ANADEP, Patrícia Kettermann, e o anfitrião, presidente da ADEPES, Leonardo Oggioni, o defensor público-geral do Espírito Santo, Gilmar Batista; o presidente do CONDEGE, Nilton Leonel Arnecke Maria; o presidente do Colégio Nacional de Corregedores das Defensorias Públicas, Eduardo Vieira Carneiro; o presidente do Colégio Nacional de Ouvidores das Defensorias Públicas, Paulo Lemos; o presidente da OAB seccional ES, Homero Mafra; o procurador-geral do Estado, Rodrigo Júdice; o presidente do TJES, desembargador Pedro Valls Feu Rosa; a deputada estadual Luzia Toledo, representando o Legislativo Capixaba; o secretário de Estado da Justiça, Sérgio Alves Pereira; o superintendente do SEBRAE do ES, José Eugênio Vieira; o presidente da ANADEF, Dinarte da Páscoa Freitas; o Defensor Público Geral Federal em exercício, Fabiano Prestes; o secretário para Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, Flávio Caetano; o secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano, e, representando a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, Bruno Teixeira.

Enfrentando desafios

“A Defensoria Pública tem dois grandes desafios: um nacional, para que possamos preencher todas as comarcas com profissionais, e contamos para isso com apoio do governo federal através do Ministério da Justiça; e outro em âmbito regional – precisamos acabar com a evasão de defensores de nossa carreira no Espírito Santo”, afirmou Oggioni ao dar as boas vindas aos colegas, fazendo menção ao tema do Congresso: Defensoria Pública e seus novos desafios.

O defensor público-geral capixaba, Gilmar Batista, também pontuou a temática do encontro, destacando que a Instituição vive enfrentando desafios. “A própria população que atendemos é uma população desafiada diariamente. E enquanto estes cidadãos conhecerem o Judiciário apenas na condição de réus a justiça no Brasil não estará completa”.

“Superar desafios é superar gigantes, é escalar montanhas. E ao chegar ao topo, encontrar uma divindade. Especialmente se tratando do público da Defensoria, esses profissionais levam estas pessoas à superação de desafios”, classificou o secretário de Justiça Sérgio Pereira.

Suporte do Governo Federal

Três representantes do Executivo Federal trouxeram ao Congresso dos Defensores uma visão otimista do andamento das demandas da classe em âmbito nacional, e prestaram seu total apoio na defesa dos pleitos da Defensoria. “A SENAD está à inteira disposição dos Defensores Públicos para que a instituição avance cada vez mais”, acenou o secretário Vitore Maximiano.

“Não sou defensor público de carreira, mas tenho alma, sangue e até gravata verde”, brincou o secretário para Reforma do Judiciário, Flávio Caetano. Destacando as políticas do Ministério da Justiça e seu foco especial na Defensoria, Caetano anunciou os próximos desafios da pasta: a criação do Conselho Nacional da Defensoria Pública, projeto que será encaminhado ao Legislativo em dezembro; um substitutivo ao PLP 114, também a ser encaminhado em dezembro ao Congresso Nacional; a criação de um fundo específico para aparelhamento da Instituição, direcionando 2% dos recursos da loteria federal – cerca de R$ 100 milhões ao ano; e a célere tramitação da PEC 247 – Defensoria para todos. “Estamos no caminho certo, e ele está livre”, garantiu, elogiando a massiva presença de defensores em Vitória. “Tenho frequentado congressos de todas as carreiras jurídicas e nunca vi um tão cheio como o dos defensores”, completou, aplaudido.

Espaço para o crescimento

O Congresso Nacional de Defensores se propõe a ser um ambiente para discussões e amadurecimento sobre qual a exata medida os defensores públicos estão se movimentando no cenário jurídico e social de modo a garantir que integrem uma Instituição transformadora e emancipatória. Essa foi a tônica das palavras da presidente Patrícia Kettermann, ao receber os colegas para o encontro, fazendo um convite à inspiração. “Queremos provocá-los, instigá-los, plantar mais sementes de indignação contra as violações múltiplas que sofrem os usuários dos nossos serviços. Queremos inspirá-los a irem além, a serem criativos no seu belíssimo mister de agentes transformadores da sociedade; a enxergarem a Defensoria Pública dos sonhos e a lutarem por ela em todas as horas de todos os dias”, completou a presidente, frisando a importância do Congresso para uma reflexão sobre a construção da instituição de forma sólida e comprometida “em contato permanente com o povo, que é a sua razão de ser”.

Emoção em homenagens

Ao prestar reconhecimento à defensora pública constituinte, ex-presidente da ANADEP à época da promulgação da Carta Magna Brasileira, Suely Pletz Neder, durante a solenidade de abertura do Congresso, a Associação prestou reconhecimento a todos os defensores públicos que acompanharam os primeiros passos da Instituição. Suely, acompanhada do filho, ambos muito emocionados, subiu ao palco para receber a honraria das mãos da presidente Patrícia, e foi aplaudida pelo auditório lotado.

Também arrancou aplausos inflamados da imensa platéia, o discurso apaixonado do ex-presidente André Castro, homenageado com a medalha Honra ao Mérito por sua excelência no desenvolvimento das atividades e serviços prestados à classe. Servindo-se dos versos de Fernando Pessoa para agradecer pelo reconhecimento, Castro iniciou: “Ao que nada espera, tudo que vem é grato. Vivo um misto de enorme alegria com a certeza de que não sou o único destinatário desta homenagem. A divido com os demais diretores, com os colaboradores e associações locais. Todos os acertos foram deles. Os erros, apenas meus”, emocionou-se.

O ex-presidente lembrou os movimentos sociais iniciados no Brasil inteiro em junho deste ano e as reivindicações populares para trazer à tona a função essencial dos defensores públicos: atuar na luta pela garantia dos direitos da sociedade. “O que vimos é que as pessoas querem seus direitos. E até que ponto estamos preparados para sermos a ferramenta para isso?” questionou. Castro encerrou sua fala lembrando da necessidade da volta do PLP 114 à pauta do Congresso como o que definiu como “o resgate de uma dívida histórica da presidência da República com os defensores”. E parabenizou os defensores do Espírito Santo pela virada de jogo na sua situação regional, chamando o governador para que honre seu compromisso com a classe. “Aguardamos agora que o governador Renato Casagrande cumpra com o seu compromisso”, finalizou.

Fonte: ANADEP

Ministro da Justiça recebe defensores e confirma apoio a projetos da Defensoria Pública

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu na última quarta-feira (6), em seu gabinete, defensores públicos para discutir os principais projetos da Defensoria. Participaram do encontro a presidente da ANADEP, Patrícia Kettermann, a vice-presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (ADPERGS), Marta Beatriz Tedesco Zanchi; o secretário para Reforma do Judiciário, Flávio Caetano; além de representantes da Defensoria Pública da União, da ANADEF e do Condege.

Flávio Caetano abriu a reunião apresentando um balanço sobre todo o trabalho realizado pela Comissão Nacional da Defensoria Pública, que, de março a outubro, debateu intensamente os principais projetos relacionados ao crescimento e fortalecimento da Instituição.

Cardozo reiterou seu total apoio. “Elogio o trabalho feito nesta Comissão, que demonstrou ter bastante consenso e diálogo no trabalho de elaboração e compilação dos textos. Vamos trabalhar para acelerar estes projetos e nós, do MJ, vamos marcar audiências com o Executivo para discutir sobre eles”, destacou o ministro.

Comissão – Após o encontro com Cardozo, os membros da Comissão se reuniram mais uma vez para discutir os principais assuntos relacionados à Defensoria. Entre os principais pontos da pauta, destacaram-se: a inclusão da Defensoria Pública na Lei de Responsabilidade Fiscal; o Fundo para o Aparelhamento das Defensorias Públicas dos Estados e do Distrito Federal (FUNADEPE); o Conselho Nacional da Defensoria Pública (CNDP), além da PEC 247/2013 – Defensoria para Todos. “Apresentamos todo o trabalho que temos desempenhado para acelerar a tramitação da PEC Defensoria para Todos. O apoio do Ministério da Justiça é importante, principalmente agora que estamos dialogando com as principais lideranças da Câmara dos Deputados para pautar este projeto, que visa ampliar acesso à justiça”, pontuou a presidente da ANADEP, Patrícia Kettermann.

Fonte: ANADEP

XI Congresso Nacional: Cerca de 800 defensores públicos debaterão os novos desafios da Instituição

Começa nesta quarta-feira, 13 de novembro, no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo, a 11ª edição do Congresso Nacional de Defensores Públicos. A expectativa é de que o evento reúna mais de 800 participantes, entre defensores públicos brasileiros e estrangeiros, acadêmicos de Direito e estagiários das Defensorias Públicas em torno do tema “Defensoria Pública e seus novos desafios”. Até o dia 16 serão apresentados nove painéis e realizadas 16 reuniões setoriais e oficinas temáticas, além do concurso de Teses e de Práticas Exitosas, onde profissionais compartilham ações desenvolvidas nas mais diferentes regiões do Brasil.

Também durante o Congresso, será realizada a entrega do Colar do Mérito da ANADEP, principal honraria da Associação. No último dia do encontro, os defensores públicos definem, ainda, o tema da próxima Campanha Nacional das Associações e das Defensorias Públicas de todo o Brasil.

Abertura

Embora as atividades tenham início já na manhã do dia 13, a solenidade de abertura oficial do Congresso está marcada para as 19h, nas salas Penedo e Marlin do Centro de Convenções da capital capixaba. Os congressistas participam da cerimônia de abertura, que deve contar com a presença de autoridades estaduais. Para a solenidade, estão previstas ainda uma homenagem à defensora pública constituinte, que presidiu a Associação Nacional em 1988, Sueli Pletz Neder, e entrega da Medalha do Mérito Profissional ao defensor público André Castro, ex-presidente da entidade.

Credenciamento

Para ter acesso às atividades do V Congresso da AIDEF, todos os participantes deverão estar devidamente credenciados. Por isso, no dia 13 de agosto, a partir das 8h, já será possível realizar o credenciamento, no próprio centro de convenções. O participante deverá se apresentar à secretaria do local onde receberá todo o material do evento: crachá, programação, bloco de anotações, caneta, documentos pertinentes às reuniões e painéis, convite da festa de encerramento (exceto estudantes e estagiários), ficha de avaliação do Congresso e brindes de apoiadores e patrocinadores.

Painéis
No dia 14 serão realizados quatro painéis, dos quais três ocorrem simultaneamente, das 14h às 15h30min. Um deles, o Painel A, tratará de Internação compulsória, tendo como presidente de mesa o defensor público do Mato Grosso do Sul Antônio César Bauermeister de Araújo e Daniela Skromov, de São Paulo como panelista, na sala Penedo 1. Também acontece neste horário o Painel B, intitulado Atuação coletiva da Defensoria Pública, que terá como presidente de mesa a defensora pública do Pará, Marialva Santos, e como painelista José Augusto Garcia, do Rio de Janeiro, na sala Penedo 2. Ainda às 14h ocorre o Painel C: Direitos do usuário e o papel da ouvidoria e corregedoria, presidido por Gustavo Costa Lopes, com palestra de Bruno Lopes Teixeira, da SDH, na sala Santo Antônio. O Painel Central 1 inicia às 16h e tratará da Constitucionalização do Direito, presidido por Ana Flávia Oliveira Freitas, de Minas Gerais, tendo como painelista João Batista Herkenhoff, na sala Penedo 1.

No dia 15, os Paineis D, E e F também ocorrem simultaneamente, das 14h às 15h30min. O primeiro tratará do Habeas Corpus, presidido pelo defensor Gustavo Soares e com o professor Jacinto Coutinho como palestrante, na Penedo 1; o segundo, será sobre Desenvolvimento das instituições, tendo como presidente de mesa José Henrique Maia Ribeiro e com palestra de Rogério Bastos Arantes, na Penedo 2; e o terceiro tratará da Paternidade sócio-afetiva, presidido por Bárbara Machado Bissochi e com palestra de Marlúcia Moulin, na Penedo 3. Ainda o Painel Central 2 será sobre Controle de Convencionalidade, e será conduzido por Marco Aurélio Martins tendo como palestrante Valério Mazzuoli, na sala Penedo 1.

Encerramento
Autor da obra “Direito Penal A Marteladas – algo Sobre Nietzsche e o Direito”, o desembargador gaúcho Amilton Bueno de Carvalho encerrará a edição XI do Congresso Nacional de Defensores Públicos, na tarde de 16 de novembro. Considerado um dos principais defensores do Direito Alternativo, o magistrado destaca sua opinião sobre a Defensoria Pública. “Já faz algum tempo que o papel do Defensor Público desperta, em mim, interesse teórico, tanto que discuti o tema, ao menos lateralmente, no meu último livro (Direito Penal a Marteladas – Algo sobre Nietzsche e o Direito)”. Durante seu painel, Bueno de Carvalho pretende debater o que pode se esperar de uma Defensoria Pública no Estado Democrático de Direito. De acordo com o desembargador, o desafio da Defensoria Pública é não associar-se pelo poder. “Que seu compromisso seja, em definitivo e agressivamente, com aqueles alijados pelo poder – que sempre, sempre e sempre, tende ao abuso”, destaca.

Na mesma noite, a partir das 21h, os participantes do Congresso poderão confraternizar na festa de encerramento, que acontece no ILHASHOWS – Alameda Ponta Formosa, 350 – Praia do Canto. Todos os congressistas inscritos terão direito ao convite da festa e a comprar mais um para acompanhante. Já os estudantes e estagiários de Direito poderão adquirir a entrada por R$ 150,00

Lançamento de livros

“Direito Penal A Marteladas – algo Sobre Nietzsche e o Direito”, do desembargador Amilton Bueno de Carvalho é questionadora e integra a lista de livros que terão espaço para lançamento no Congresso. Questionando desde o título, reflexiona (reflete e ambiciona) um Nietzsche abolicionista. Marreta o leitor com o “por que (não) punir?”, esvazia e preenche de sentido as “más-morras” e jusfilosofa, e muito, sobre temas penais como a prisão preventiva, os Juízes Criminais, a busca pela “verdade real” e as circunstâncias de dosimetria das sanções penais. Poesia, Literatura e Filosofia se fundem durante a leitura.

Também terão lançamento no evento os livros:

– Holocausto Brasileiro – Vida, Genocídio e 60 Mil Mortes No Maior Hospício do Brasil, de Daniela Arbex

– Comentários à lei da Defensoria Pública, de Gustavo Augusto Soares dos Reis, Gustavo Junqueira e Daniel Guimarães Zveibil

– Manual de Direito Penal, de Gustavo Octaviano Diniz Junqueira

– Aplicação da Pena. Limites, Princípios e novos Parâmetros, de Rodrigo Duque Estrada Roig

– Direito do Consumidor – Tópicos & Controvérsias, de Fabio Schwartz

– A Reparação do Risco Atual de Dano Futuro: Ampliando o Objeto de Reparação, de Luiz Carlos de Assis Júnior

– Manual dos Juizados Cíveis Estaduais: Teoria e Prática, de Felippe Borring Rocha

– DEFENSORIA PÚBLICA: Fundamentos, Organização e Funcionamento, de Amélia Soares da Rocha

– Princípios Institucionais da Defensoria Pública, de Franklyn Roger e Diogo Esteves

– Execução Penal, Novos Rumos, Novos Paradigmas, de José Adaumir Arruda da Silva e Arthur Corrêa da Silva Neto.

Fonte: ANADEP

Antes da abertura oficial do Congresso, serão promovidas reuniões setoriais, oficinas e painéis com os defensores públicos

“Defensoria Pública e seus novos desafios” é o tema central do XI Congresso Nacional de Defensores Públicos, que será promovido de 13 a 16 de novembro, na capital Vitória (ES), pela ANADEP, em parceria com a Associação dos Defensores Públicos do Estado do Espírito Santo (ADEPES). Realizado no Centro de Convenções da capital capixaba, o Congresso deve ainda oportunizar o debate dos principais temas relacionados à Instituição e seu papel na sociedade. Desta forma, serão promovidas, antes da abertura oficial do evento, várias reuniões temáticas, que terão como principal objetivo discutir o acesso à justiça, o fortalecimento da Defensoria nas mais diversas instâncias e o relacionamento da Instituição com os seus usuários.

Devem orientar os debates conduzidos por especialistas e representantes de órgãos responsáveis, os seguintes tópicos: Direito Social à Moradia e Questões Fundiárias; Promoção e Defesa da Criança e do Adolescente; Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher; Atuação da Defensoria Pública em favor da Pessoa Jurídica; Criminologia, entre outros. Além disso, serão realizadas também oficinas e reuniões setoriais, como: o painel sobre os Conselheiros Superiores Eleitos; o Encontro dos Defensores Públicos Aposentados; e as reuniões do Conselho de Corregedores e do Colégio de Ouvidores.

Fonte: ANADEP

Direito de Recomeçar: CNJ e outras instituições vão pactuar melhorias no sistema carcerário 

Direito de Recomeçar: CNJ e outras instituições vão pactuar melhorias no sistema carcerário

O Brasil tem uma população carcerária de cerca de 550 mil detentos para apenas 310.687 vagas. Essa superpopulação se soma a problemas como insalubridade, estrutura precária, deficiências na atenção à saúde e na assistência jurídica aos presos. Com o objetivo de reverter tal situação, representantes doConselho Nacional de Justiça (CNJ) e de mais seis instituições vão assinar, nesta terça-feira (15/10), Termo de Compromisso que prevê um conjunto de medidas para reduzir o déficit de vagas e promover outras melhorias no sistema.
As ações programadas estão divididas em três eixos. São eles: Modernização e Acessibilidade do Sistema de Justiça; Modernização e Profissionalização da Gestão Penitenciária e Execução Penal; e Aperfeiçoamento dos Projetos de Reintegração Social de Presos e Egressos.
O acordo será assinado em solenidade no gabinete da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de 15h30. Está prevista a participação do presidente do STF e do CNJ, ministro Joaquim Barbosa; do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário; do presidente do Senado, Renan Calheiros; do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; do presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Rodrigo Janot; e do presidente do Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (CONDEGE), Nilton Leonel Arnecke Maria.
No eixo Modernização e Acessibilidade do Sistema de Justiça, as medidas buscam, entre outras metas, ampliar o acesso dos detentos à Justiça e garantir a eles tratamento digno.
Uma das metas desse eixo é a realização de esforço para a redução do déficit de vagas no sistema carcerário, em unidades destinadas a detentos do sexo masculino e feminino. O esforço inclui a abertura de novas vagas por meio do repasse de verbas do Ministério da Justiça aos estados e ao Distrito Federal para construção e reforma de unidades prisionais.
Ainda com o objetivo de reduzir o déficit, o Termo de Compromisso prevê uma estratégia de estímulo para que os magistrados adotem medidas cautelares e também alternativas penais, ambas substitutivas à prisão. As medidas cautelares, segundo a Lei n. 12.403, de 4 de maio de 2011, podem ser aplicadas pelo juiz durante investigações criminais, em substituição à prisão preventiva, dependendo da gravidade do crime, das circunstâncias do fato e das condições pessoais do indiciado ou acusado.
São exemplos de medidas cautelares: o recolhimento domiciliar; o comparecimento periódico ao juízo; proibição de acesso a determinados lugares ou pessoas; suspensão do exercício de função pública; liberdade sob fiança; e monitoração eletrônica. O acordo que será assinado prevê uma estratégia de sensibilização de magistrados sobre a importância da aplicação das medidas cautelares, por meio da realização de cursos, seminários, palestras e pesquisas.
Além disso, está prevista a realização de pesquisa entre os magistrados criminais (estaduais e federais) para apurar as causas que os levam a aplicar ou não as medidas cautelares. Outro levantamento vai investigar, junto a escrivães e diretores de secretaria das varas criminais, quantas e quais medidas cautelares foram aplicadas no período de vigência de um ano da Lei n. 12.403, ou seja, de maio de 2011 a maio de 2012.
O incentivo à aplicação de penas e medidas alternativas, igualmente constante do primeiro eixo do Termo de Compromisso, é também uma meta estabelecida para a redução do déficit de vagas no sistema prisional. Segundo a Lei n. 9.714, de 25 de novembro de 1998, as penas e medidas alternativas podem substituir a prisão do condenado quando: a pena aplicada não ultrapassar quatro anos; o réu não for reincidente em crime doloso; a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do condenado, bem como o motivo e as circunstâncias, indicarem que a prisão pode ser substituída.
Eixo 2 – Já no eixo Modernização e Profissionalização da Gestão Penitenciária e Execução Penal, os compromissos incluem o intercâmbio e integração dos bancos de dados e informações sobre o sistema penitenciário dos diferentes poderes e órgãos. A medida é apontada como importante para aumentar o controle sobre as condições da execução penal e seus prazos. Há também a previsão de fomento à adoção de novas tecnologias e à busca de soluções inovadoras para a gestão do sistema.
O eixo Aperfeiçoamento dos Projetos de Reintegração Social de Presos e Egressos, por sua vez, prevê a expansão e o aprimoramento das políticas de acesso dos detentos à educação, à saúde e a outros direitos fundamentais. As instituições também vão se comprometer a construir e ampliar espaços educacionais no sistema carcerário. Esse eixo inclui ainda o compromisso de reforço das ações de capacitação profissional de presos e egressos e de qualificação de profissionais de educação e agentes penitenciários.

Fonte: ANADEP

#DefensoriaSim: Deputado solicita apreciação da PEC Defensoria para Todos pelo Plenário

O Deputado Marcelo Matos (PDT/RJ) apresentou à Presidência da Câmara dos Deputados requerimento pedindo a inclusão da PEC 247/2013 – A PEC Defensoria para Todos na Ordem do Dia para votação em Plenário. A matéria teve seu parecer aprovado, por unanimidade, no dia 18 de setembro último, pela Comissão Especial que a analisava. A PEC aguarda análise pelo plenário da Câmara, em dois turnos de votação. Para ser aprovada serão necessários 308 votos favoráveis dos 513 deputados. Depois de aprovada em dois turnos, a PEC será então encaminhada à apreciação do Senado.

A PEC Defensoria para Todos – De autoria dos deputados Mauro Benevides (PMDB/CE), Alessandro Molon (PT/RJ) e André Moura (PSC/CE), a PEC busca universalizar os serviços da Defensoria Pública em todo o território brasileiro, estabelecendo que o número de defensores públicos deva ser proporcional à efetiva demanda pelo serviço. A proposta fixa um prazo de oito anos para que todas as comarcas do Brasil passem a ter defensores públicos em número suficiente.

Um dos pontos de destaque do texto apresentado pelo relator, é que além de estabelecer o prazo para que a iniciativa entre em vigor, o projeto também irá beneficiar as comunidade carentes, visando a lotação dos defensores públicos, prioritariamente, nas regiões com maiores índices de exclusão social e adensamento populacional.

De acordo com dados do último censo do IBGE, cerca de 82% da população brasileira, que recebem até três salários mínimos, são usuários da Defensoria. Do universo de 160 milhões de pessoas, apenas 45 milhões têm acesso à Defensoria.

Ainda, segundo o Mapa da Defensoria Pública do Brasil, lançado pela ANADEP, em parceria com o IPEA, faltam defensores públicos em 72% das comarcas brasileiras, ou seja, a Defensoria Pública só está presente em 754 das 2.680 comarcas distribuídas em todo o país. A ausência de defensores é ainda mais preponderante nas comarcas menores, com menos de 100 mil habitantes, onde geralmente o IDH da população é menor e as pessoas são mais carentes. Ao todo, só há 5.054 defensores públicos no Brasil

Fonte: ANADEP