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DPE/PI inicia programação local em alusão à Semana Nacional da Defensoria Pública

Em solenidade virtual iniciada às 15h desta quinta-feira (20), por meio da Plataforma Zoom com transmissão pelo Youtube, a Defensoria Pública do Estado do Piauí deu início à programação local relacionada à Semana Nacional da Defensoria Pública neste ano de 2021. A abertura foi feita pela Subdefensora Pública Geral do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, em conjunto com a Diretora da Escola Superior da Defensoria (Esdepi), Defensora Pública Andrea Melo de Carvalho. Também se manifestaram na oportunidade o Defensor Público Geral do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis e o Defensor Público Arilson Pereira Malaquias, vice-presidente da Associação Piauiense de Defensoras e Defensores Públicos do Piauí (Apidep).

Os trabalhos foram iniciados com a apresentação de vídeo do recém-formado Coral da Defensoria Pública que, regido pelo maestro Aurélio Melo, apresentou o Hino do Piauí. E, seguida a Subdefensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior, iniciou sua fala se reportando às famílias das inúmeras pessoas que foram vitimadas pela Covid-19 e destacando o papel da Defensoria Pública como Instituição voltada para a defesa de direitos. “Neste ano nossa campanha nacional da ANADEP, que é desenvolvida no Piauí através de parceria entre a  Apidep e a Defensoria Pública, traz como tema “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”, e houvemos por bem nos dedicar, nessa semana, a refletir sobre os temas que são pertinentes ao racismo, essa temática tão importante, com a qual nós que labutamos hoje na Defensoria Pública talvez não tenhamos tido a oportunidade de ver nos bancos da Faculdade, mas que é um tema extremamente relevante e faz parte da nossa responsabilidade como Instituição, tanto promovendo a educação em direitos , quanto nos transformando internamente, nos adequando, respeitando os conceitos que nos levam a defender a equidade racial e praticando isso na nossa Instituição”, afirmou.

A Diretora da Esdepi, Andrea Melo, ressaltou a importância do evento. “É um prazer estar reunidos mesmo que virtualmente, acalenta o coração da gente nesse momento de pandemia  são muito importantes esses momentos, especialmente para tratar de um tema tão importante selecionado pela nossa Associação Nacional, que é “Racismo se Combate em Todo Lugar”, e a Defensoria do Piauí não poderia se furtar a falar sobre um tema de tão grande envergadura, vamos nesses dois dias aprender muito ouvindo essas pessoas tão queridas  que receberam nosso convite e disponibilizaram seu tempo para estar aqui com a gente”, disse agradecendo ainda ao Ouvidor-Geral Externo da Defensoria, Djan Moreira, pela parceria desenvolvida com a Escola.

O Defensor Público Arilson Malaquias, falou em nome da Apidep. “O  evento de hoje é alusivo `a Campanha Nacional que é iniciativa da Anadep mas abraçada por todas as Defensorias Públicas no Brasil, lembrando que ontem foi o dia dedicado não apenas à Defensorias Pública, mas a todos que fazem essa Instituição, sem dúvidas uma das mais democráticas do país. Em nome da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Piauí sintam-se todos parabenizados […] Tenho o orgulho de dizer que, como no restante do Brasil, nós fazemos um trabalho com muita garra, com muito amor a essa Instituição, que é instrumento de defesa dos direitos humanos, portanto, contra qualquer tipo de discriminação”, destacou.

Fechando as falas, o Defensor Público Geral, Erisvaldo Marques,”É importante reafirmar que a Defensoria Pública do Piauí trouxe para o debate interno esse tema tão relevante em relação ao enfrentamento ao racismo estrutural. Com proposta de Resolução feita pela Defensora Karla Andrade, coordenadora do Projeto Vozes dos Quilombos, levamos ao Conselho Superior e lá realizamos alterações para que pessoas negras, quilombolas e indígenas tenham cotas nos concursos da nossa Instituição, e não só esse, mas outros pontos de políticas afirmativas dentro da Defensoria foram propostas, se transformando em outras Resoluções, que também já foram aprovadas pelo Conselho, e serão implementadas, como deve ser. ”, ressaltou.

A primeira palestra da tarde abordou “Representatividade, Poder e Democracia: Visões Para Uma Defensoria Preta”, com a Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia, Sirlene Assis, em conjunto com a Defensora Pública na Comarca de Itaparica e coordenadora adjunta do grupo de trabalho de igualdade racial da Defensoria Pública da Bahia, Vanessa Nunes. A apresentação foi feita pelo Ouvidor-Geral externo da DPE/PI, Djan Moreira, que na oportunidade parabenizou a todos que fazem a Defensoria Pública.

Também foram temas de palestras nesta quinta-feira “A Defensoria Pública na Luta Antirracista/Promoção da Igualdade Racial”, ministrada pela presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-ANADEP, Rivana Barreto Ricarte de Oliveira, que também é titular da 9ª Defensoria Pública Criminal do Estado do Acre;  “Projeto Vozes dos Quilombos: uma ação afirmativa para a igualdade racial”, com a Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite, coordenadora Regional da DPE-PI e do Projeto Vozes dos Quilombos, e a coordenadora executiva da CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Brasil, membro da CECOQ- Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, Maria Rosalina dos Santos.

Fechando a tarde a pesquisadora quilombola do Marajó, Maria Páscoa Sarmento, abordou  “Educação Quilombola em tempos de Pandemia”. Todas as palestrantes foram enfáticas em destacar a necessidade da desconstrução de uma cultura racista fomentada ao longo dos anos, a partir da colonização do Brasil. “Somos nós que vamos modificar essa história”, destacou Ouvidora-Geral da Defensoria da Bahia, Sirlene Assis, resumindo o sentimento de todos os presentes.

O evento continua nesta sexta-feira, a partir das 17h30, também pela Plataforma Zoom, com transmissão pelo Youtube.

Fonte: DPE-PI

Webinário #DefensoriaemPauta é destaque da semana alusiva ao Dia Nacional da Defensoria Pública

Durante os dias 17, 18 e 19 de maio, a ANADEP realizou o webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça”, que teve por objetivo celebrar o dia alusivo à Defensoria Pública, à defensora pública e ao defensor público.

Na noite de segunda-feira (17/5), a ANADEP, com apoio do Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) e das Associações dos estados e do Distrito Federal, lançou a campanha “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”. A live contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da presidenta do Condege, Maria José de Nápolis; da coordenadora da Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena; e da deputada Talíria Petrone (PSOL-RS). Houve ainda exibição de vídeo encaminhado pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

Na terça-feira (18/5), o tema foi “Tribunais Superiores e a Defensoria Pública”, e contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; do vice-presidente jurídico-legislativo da ANADEP e membro do Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (GAETS), Flávio Wandeck; e da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. Na ocasião, foi abordada a importância da Instituição para o acesso à justiça e o papel constitucional da Defensoria Pública. Também foi exibido um vídeo com a mensagem do ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

O debate sobre “Defensoria Pública e Movimentos Sociais: um diálogo para ampliação do acesso à justiça” encerrou, nessa quarta-feira (19/5), o webinário #DefensoriaemPauta. A live contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da vice-presidenta institucional, Rita Lima; da mestre em direito e assessora sobre segurança pública na Liderança do Psol (Câmara Federal), Deise Benedito; da ouvidora da Defensoria Pública do Estado do Acre, Solene da Costa; da pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília, Ana Paula Martins; e da assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria e Integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras e do Fórum de Mulheres do DF e Entorno, Joluzia Batista.

Todas as lives do Webinário #DefensoriaemPauta estão disponíveis no canal da ANADEP no YouTube: https://www.youtube.com/user/canalANADEP.

Fonte: ANADEP

Webinário #DefensoriaemPauta encerra com reflexões sobre Dia Nacional da Defensoria Pública

O debate sobre “Defensoria Pública e Movimentos Sociais: um diálogo para ampliação do acesso à justiça” encerrou, nesta quarta-feira (19), o webinário #DefensoriaemPauta. O evento, que começou na segunda-feira (17), teve o objetivo de celebrar o dia alusivo à Defensoria Pública, à defensora pública e ao defensor público.

A live contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da vice-presidenta institucional, Rita Lima; da mestre em direito e assessora sobre segurança pública na Liderança do Psol (Câmara Federal), Deise Benedito; da ouvidora da Defensoria Pública do Estado do Acre, Solene da Costa; da pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília, Ana Paula Martins; e da assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Assessoria e Integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras e do Fórum de Mulheres do DF e Entorno, Joluzia Batista.

A presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, abriu o webinário celebrando o Dia Nacional da Defensoria Pública e parabenizando as defensoras e defensores públicos de todo o país. A dirigente também agradeceu as mensagens proferidas pelo presidente do STF, Luiz Fux, e por diversos parlamentares que, durante sessões do Congresso, lembraram-se do trabalho realizado pela Instituição. Ela também destacou as ações nos estados e no DF de iluminar os monumentos de verde e das projeções em diversos prédios das capitais. “É muito bom ter a Defensoria Pública falada e lembrada de todas as maneiras”. Em sua fala, Rivana ainda ressaltou a importância da discussão realizada nesta última noite do webnario “A missão da Defensoria Pública é ser voz, e isso não implica em dizer o direito, implica em amplificar vozes. É preciso ouvir bem para entender as demandas e poder falar”.

Durante sua manifestação, Rita Lima compartilhou o sentimento de estar há 13 anos na Defensoria Pública e, agora, à frente da Associação Nacional. “Nem nos meus sonhos mais ousados, eu poderia imaginar que estaria à frente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos. Minhas colegas, meus colegas associadas e associados, muito obrigada pelos ensinamentos e pela construção coletiva que temos feito em prol de uma Defensoria Pública fortalecida em prol do modelo público de acesso à justiça. Este 19 de maio tem um significado especial para mim. É com muita honra e com muito amor pela nossa profissão que eu felicito associadas e aos associados da ANADEP pelo dia de hoje”.

Rita Lima também ressaltou os reflexos da crise sanitária provocada pela pandemia da COVID-19 e o agravamento das desigualdades sociais. “Eu fiquei o dia todo com uma frase na cabeça devido a tudo que a gente tem vivido, as notícias ruins, os ataques ao serviço público e às minorias. Eu espero que a gente possa, juntas, construir um país com mais gente. Gente que goste de gente. Gente que goste de ser gente. Porque gente é para brilhar e não para morrer”, disse.

Em seguida, a ouvidora da Defensoria Pública do Estado do Acre, Solene da Costa, abordou sua vivência na Defensoria Pública a partir das perspectivas da Região Norte. Ela fez o recorte do racismo ambiental, a partir de vários exemplos, como o Apagão do Amapá e o agravamento da pandemia do coronavírus no Amazonas. “Mesmo a região Norte tendo nove estados e com tantas especificidades, nós somos tratados sem diversidade humana; sem a multiculturalidade. Como se houvesse um vazio demográfico. Fruto da invisibilidade dos nossos povos”, ressaltou a ouvidora. Ela também cobrou a ampliação da ouvidoria em todas as Defensorias Públicas do país para ampliar o diálogo com a sociedade civil e fortalecer o acesso à justiça.

Já a pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília, Ana Paula Martins, falou da importância de se celebrar o 19 de maio. “É o aniversário de uma Instituição, mas conta a história de uma luta e de reivindicações que derivaram na criação de soluções e de mecanismos políticos, sociais e culturais que dão conta de determinados fenômenos e de situações complexas”.

Já a assessora técnica do Centro Feminista de Estudos e Integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras e do Fórum de Mulheres do DF e Entorno, Joluzia Batista, trouxe reflexões acerca das pautas de gênero, raça e acesso à justiça. A especialista elencou vários problemas enfrentados pelas mulheres na garantia dos seus direitos, como a falta de acesso à informação. Ela também fez um reflexo sobre os retrocessos trazidos pela pandemia da COVID-19 e o aumento de casos de violências sofridas pelas mulheres. “Tem um corpo que ele é alvo no Brasil das injustiças e das desigualdades que são os corpos negros, sobretudo, os corpos das mulheres. Agora nessa ofensiva de retrocessos de direitos, a gente tem visto como existe uma inversão das conquistas que nós mulheres tivemos nos últimos 30 anos”, refletiu.

Por fim, a mestre em direito e assessora sobre segurança pública na Liderança do Psol (Câmara Federal), Deise Benedito, fez considerações sobre as datas temáticas de maio que, segundo elas, têm conexões e relações importantes. “Quem é que faz acesso à justiça para essa população, secularmente destituída de qualquer acesso e direitos, que são os negros e indígenas no Brasil? A Defensoria Pública. Então, quando você vê que maio é também o mês da enfermagem, da assistência social e o mês de resistência contra o racismo nada é por acaso. Este é o simbolismo do mês de maio”, ressaltou.

Para ela, a primeira defensora pública do Brasil é Esperança Garcia – mulher negra escravizada que, em 1770, na região que hoje corresponde ao estado do Piauí, enviou uma carta (considerada uma petição) ao presidente da província, denunciando os maus-tratos sofridos por ela, suas companheiras e seus filhos. E citou também Luiz Gama – advogado, jornalista, escritor e figura-chave do movimento abolicionista no Brasil, que foi reconhecido como advogado após 133 anos da sua morte. Para ela, ambas figuras históricas do movimento antirracista no Brasil têm ligação com a missão institucional da Defensoria Pública.

Ao encerrar sua participação, Deise Benedito fez também uma análise sobre a discrepância do orçamento da Defensoria Pública se comparado às demais instituições do sistema de justiça. “Veja o orçamento da Defensoria Pública: existe uma lei de diretrizes fiscais que se garantiria a mesma proporção de um orçamento total destinado ao Poder Judiciário, ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Porém, esse dinheiro não chega a contento para as Defensorias Públicas. E por que não chega? Aí vem o recorte da estrutura racializada do nosso país. Quem a Defensoria Pública atende?”, afirmou.

Todas as lives do Webinário #DefensoriaemPauta estão disponíveis no canal da ANADEP no YouTube: https://www.youtube.com/user/canalANADEP

Fonte: ANADEP

DPE-PI dá seguimento às ações relacionadas ao Dia Nacional da Defensoria Pública

A Defensoria Pública do Estado do Piauí está dando seguimentos às ações da Campanha Nacional da Defensoria, que neste ano de 2021 traz como tema “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”. A Campanha foi lançada oficialmente no último dia 17, abrindo a semana em que se comemora o Dia Nacional da Defensoria Pública, em 19 de maio.

Por meio de suas redes sociais e site oficial a Instituição tem dado visibilidade à Campanha que é uma iniciativa da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) com o apoio e parceria do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), assim como das Defensorias Públicas e Associações Estaduais. Também foram instalados em pontos específicos de Teresina, 10 outdoors referentes ao tema da Campanha.

A programação nacional, ocorre sob responsabilidade da ANADEP que vem realizado o do webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça”. No Piauí, a Defensoria Pública optou por realizar nos dias 20 e 21, por meio da Escola Superior da Defensoria (Esdepi), uma série da palestras relacionada à Semana, que acontecerão em formato virtual, por meio da Plataforma Zoom, com transmissão pelo canal da Defensoria no Youtube.

Os trabalhos serão abertos às 15h do dia 20, pelo Defensor Público Geral, Erisvaldo Marques dos Reis e pela Diretora da Esdepi, Defensora Pública Andrea Melo de Carvalho. Em seguida, às 15h10, a presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-ANADEP, Rivana Barreto Ricarte de Oliveira, que também é titular da 9ª Defensoria Pública Criminal do Estado do Acre, abordará o tema “A Defensoria Pública na Luta Antirracista/Promoção da Igualdade Racial”.

Ainda no primeiro dia será abordado o tema “Racismo”, em palestra da Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia, Sirlene Assis, em conjunto com a Defensora Pública na Comarca de Itaparica e coordenadora adjunta do grupo de trabalho de igualdade racial da Defensoria Pública da Bahia, Vanessa Nunes.

“Direitos Humanos em perspectivas feministas, decolonais e antirracistas: novos caminhos para a atuação da Defensoria Pública”, será o tema da palestra ministrada pela advogada, professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da UFBA, Salete Maria da Silva . Maria Pascoa Sarmento, pesquisadora quilombola do Marajó, abordará “Educação Quilombola em tempos de Pandemia”.

Fechando a programação do primeiro dia, a Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite, coordenadora Regional da DPE-PI e do Projeto Vozes dos Quilombos, e a coordenadora executiva da CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Brasil, membro da CECOQ- Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, Maria Rosalina dos Santos, tratarão sobre “Projeto Vozes dos Quilombos/uma ação afirmativa para a igualdade racial”.

Segundo Dia

O segundo dia do evento iniciará às 17h30 com falas do Defensor Público Geral, Erisvaldo Marques e da Diretoria da Esdepi, Andrea Melo, em seguida, às 17h40, a magistrada brasileira nascida na Síria, Juíza de Direito e Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Kenarik Boujikian, que falará sobre “Racismo, Justiça Criminal e Sistema Carcerário” . Em seguida, Gersem José dos Santos Luciano, que possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas, mestrado e doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília e atualmente é professor associado no Departamento de Educação Escolar Indígena da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas, falará sobre “O Direito Brasileiro Frente à Autonomia Constitucional dos Povos Indígenas”

A “Luta e resistência dos povos indígenas no Piauí” será o tema abordado pela cacica Maria Francisca Pereira Ferreira, líder da Comunidade Kariri de Serra Grande, no município de Queimada Nova (PI). Miguel Tembé Tenetehara, especializado em administração de sociedade indígena e diretor-presidente da Associação Multiétnica Wyka Kwara, tratará sobre “Promoção de Igualdade e Respeito à Pluralidade Étnica”, fechando a programação do segundo dia.

Os interessados em assistir as palestras e receber a certificação da Esdepi devem realizar inscrição no site da Defensoria Pública www.defensoria.pi.def.br, acessando a aba Cursos, na parte posterior da página inicial, até às 12h do próximo dia 20. A Esdepi informa que o envio do link para acesso à plataforma Zoom e confirmação da presença será enviado às 14h do primeiro dia e às 15h do segundo dia para os e-mails informados pelos participantes no ato da inscrição.

Fonte: DPE-PI

Ministra Cármen Lúcia é presença da segunda noite do webinário #DefensoriaemPauta

Na noite desta terça-feira (18/5), a ANADEP abriu a segunda noite do webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça”. O evento, que é transmitido no canal da ANADEP no YouTube e na página do Facebook, tem por objetivo celebrar o dia alusivo à Defensoria Pública, à defensora pública e ao defensor público (19 de maio).

Com o tema “Tribunais Superiores e a Defensoria Pública”, a live contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; do vice-presidente jurídico-legislativo da ANADEP e membro do Grupo de Atuação Estratégica das Defensorias Públicas Estaduais e Distrital nos Tribunais Superiores (GAETS), Flávio Wandeck; e da ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

Após a exibição do vídeo institucional, a presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, ressaltou as atividades do Maio Verde e falou da importância do diálogo permanente com ministros e ministras do STF em prol da concretização de direitos e luta pela democracia. A dirigente ressaltou grandes vitórias obtidas na Corte que reafirmaram a autonomia da Defensoria Pública, como a ADPF 384 que garantiu a autonomia da Defensoria Pública de Minas Gerais. E ainda relembrou a ADI 3943, a qual, a ministra Cármen Lúcia foi relatora. À época, o Supremo reconheceu a legitimidade da Defensoria Pública para propor ações coletivas.

“A ministra apresentou um voto primoroso de mais de 90 páginas falando sobre Defensoria Pública. Esta foi uma decisão que, sem dúvida, mudou muito a força e o impacto da atuação das Defensorias Públicas em todo País. O fato é que o STF vem, nos últimos anos, reconhecendo a autonomia da Defensoria”, pontuou Rivana Ricarte.

A presidenta da Associação Nacional também falou do trabalho da ANADEP perante o Supremo. Nos últimos anos, a entidade tem atuado como parte ou amicus curiae em todas as demandas de importância institucional que têm ligação com direitos e prerrogativas de defensores e defensoras, consolidação da autonomia administrativa, financeira e orçamentária, bem como proteção dos direitos dos usuários das Defensorias.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia ressaltou o reconhecimento do STF e de outros tribunais do país sobre o trabalho desempenhado pelas defensoras e defensores públicos em prol das pessoas em situações de vulnerabilidades.

Para a ministra, a figura do defensor público faz com que cidadãos tenham a igualdade de representação judicial em processos judiciais e administrativos. “O defensor público em todo lugar é necessário. O defensor público no Brasil cumpre uma função para além do que pode ser desempenhada por um advogado na sua atividade ordinária”, disse.

Durante sua fala, Cármem Lúcia fez análises sob três prismas: o papel constitucional da Defensoria Pública e o papel da Defensoria Pública nos direitos constitucionais dos brasileiros; a autonomia da Defensoria Pública; e as interpretações das decisões e jurisprudência. “Esta ideia de igualdade ou de paridade de armas – e estou usando a expressão da teoria-, não seria efetiva se não houvesse a Defensoria Pública porque o mais vulnerável tem até mais dificuldade de expressar o que é o seu direito num país como o nosso em que a maioria que não tem acesso à educação. Não se reivindica aquilo que não se conhece”, afirmou.

Ela finalizou reconhecendo a necessidade de se ampliar e fortalecer a Defensoria Pública no País. “O Brasil com a Defensoria é um Brasil que dá certo. É o Brasil que nós todos queremos. Cada vez mais com defensores públicos que possam cobrir todo o território nacional”.

Durante a live, Flávio Wandeck trouxe números do GAETS. Com defensoras e defensores públicos de 13 estados, o grupo tem por objetivo tornar acessíveis os Tribunais Superiores às pessoas em situação de vulnerabilidades e que não possuem condições financeiras para arcar com um advogado particular. “A gente tem visto, nos últimos anos, o crescimento e o reconhecimento gradual das Defensorias Públicas. E muito disso graças à atuação do Supremo Tribunal Federal que tem garantido a autonomia da Defensoria Pública”, frisou.

O defensor público também ressaltou a atuação do Supremo diante de causas relevantes e em favor de grupos vulnerabilizados. Ele citou diversas ações julgadas, como: ADPF 347, ADPF 635 e o Habeas Corpus coletivo impetrado pela DPU e pelo GAETS em prol de presos de risco diante da pandemia da COVID-19.

Ao final, foi exibido vídeo encaminhado pelo presidente da STF, Luiz Fux. “No atual cenário, de uma dura compreensão constitucional, o acesso à justiça é uma garantia elementar, sem a qual, se tornam meras promessas retóricas dos direitos fundamentais da Constituição. É impossível falar de direito, sem que haja meios para torná-la realidade prática e palpável. A Defensoria Pública foi uma acertadíssima escolha do Constituinte que optou por formar quadros de agentes públicos qualificados vocacionados a efetivar a garantia da assistência jurídica integral e gratuita”, disse em sua mensagem.

Webinário

O encerramento do webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça” será nesta quarta-feira (19). A live terá como tema: Defensoria Pública e Movimentos Sociais: um diálogo para ampliação do acesso à justiça.

Fonte: ANADEP

 

Defensoria realiza palestras e fixa outdoors em Teresina evidenciando o enfrentamento ao racismo

A Defensoria Pública do Estado do Piauí está conclamando a população piauiense a combater a toda e qualquer forma de racismo a partir da divulgação da Campanha Nacional da Defensoria, que neste ano de 2021 tem como tema: “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”. Dentre as ações desenvolvidas a Instituição, em parceria com a Associação Piauiense de Defensoras e Defensores Públicos (Apidep), instalou outdoors em pontos específicos de Teresina, chamando a atenção para a causa.

Para destacar o tema da campanha, foram afixados 10 outdoors em pontos estratégicos de Teresina, tais como avenida Zequinha Freire; rua Pereira da Costa, próximo à área de eventos do Teresina Shopping; avenida Joaquim Nélson; BR 316, na entrada do Conjunto Promorar; avenida Raul Lopes, próximo ao Shopping Riverside; avenida Freitas Neto; avenida João XXIII, próximo à AABB; avenida Henry Wall de Carvalho; avenida João Antônio Leitão e avenida Jockey Club.

A Campanha Nacional da Defensoria é uma iniciativa da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) com o apoio e parceria do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), assim como das Defensorias Públicas e Associações Estaduais. O lançamento ocorre sempre no mês de maio em alusão à Semana do Defensor e mais especificamente transcurso do Dia do Defensor, 19 de maio. Neste ano as atividades ocorrerão em formato virtual devido a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.

A campanha tem o objetivo de orientar a população a partir da educação em direitos, fomentando a necessidade de equidade étnico-racial no acesso específico aos direitos e políticas públicas voltadas para pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais. O lançamento oficial ocorre nesta segunda-feira (17), às 19h, no canal do YouTube, com a participação da presidente da ANADEP, Rivana Ricarte; da presidente do Condege, Maria José de Nápolis; da coordenadora da Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena; do senador Paulo Paim (PT-RS); e da deputada Talíria Petrone (PSOL-RS).

De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2020, o Disque 100 – canal gratuito para denúncias de violações de direitos humanos –, recebeu 1490 denúncias de violações relacionadas a racismo e discriminação racial. A presidente da ANADEP, Defensora Pública Rivana Ricarte, explica que é fundamental a promoção de campanhas sobre o tema para que as pessoas registrem os casos de discriminação e procurem sobre direitos. “A nossa campanha quer trazer luz a esse tema do racismo, não apenas na concepção individualista, mas evidenciando como problema estrutural da nossa sociedade que se reflete na vida de pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais. Além disso, queremos demonstrar que o trabalho das Defensoras e dos Defensores Públicos cumpre um papel importante para a garantia de direitos de pessoas que sofrem com a discriminação e violência por causa da cor da sua pele ou etnia”, pontua.

O Defensor Público Geral do Estado do Piauí, Erisvaldo Marques dos Reis, evidencia a importância de trazer para o debate temas como o adotado na atual campanha. “A educação em direitos é fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Com a abordagem do enfrentamento ao racismo e a toda forma de discriminação sofrida pelas comunidades tradicionais a Defensoria Pública demonstra sua preocupação e destaca sua atuação na luta pela garantia de direitos a essas pessoas às quais por tanto tempo quase tudo foi negado. Nossa programação local, que ocorrerá nos próximos dias 20 e 21, por meio da plataforma Zoom e com transmissão pelo canal da Defensoria no Youtube, é totalmente voltada para o debate das políticas públicas necessárias para essas comunidades a partir da visão de seus próprios integrantes. Esperamos dessa forma contribuir para que a sociedade brasileira, e mais especificamente a piauiense, trilhe um caminho no qual todas as pessoas têm direitos iguais, independente de cor, raça ou origem”, afirma.

*Quem tiver interesse em participar da programação local da Semana Nacional da Defensoria, que contará com palestras correlatas ao tema, pode se inscrever até o dia 20, por meio do site da Instituição: http://www.defensoria.pi.def.br acessando a aba cursos. As palestras serão certificadas pela Escola Superior da Defensoria (Esdepi), e ocorrerão na tarde do dia 20 e tarde/noite do dia 21, em formato virtual, por meio da Plataforma Zoom, com transmissão pelo canal da Defensoria no Youtube.

Fonte: DPE-PI

Lançamento da Campanha “Racismo se combate em todo lugar” marca abertura do webinário #DefensoriaemPauta

A Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), com apoio do Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) e das Associações dos estados e do Distrito Federal, lançou, na noite desta segunda-feira (17/5), a campanha “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”. A iniciativa visa fomentar a necessidade de equidade étnico-racial no acesso a direitos e políticas públicas de pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais.

O lançamento marcou a abertura oficial do webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça” que visa celebrar o dia alusivo à Defensoria Pública, à defensora pública e ao defensor público (19 de maio).

A live contou com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da presidenta do Condege, Maria José de Nápolis; da coordenadora da Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena; e da deputada Talíria Petrone (PSOL-RS).

Após a exibição do vídeo institucional da campanha, a presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, fez um minuto de silêncio em respeito as mais de 436 mil vítimas da COVID-19 no Brasil. Em seguida, a dirigente fez um retrospecto sobre os 13 anos das campanhas de educação em direitos da ANADEP sendo que, em 2021, é a primeira vez que a ação ocorre virtualmente. “Apesar de representarem mais da metade da população brasileira, pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais são historicamente os segmentos mais excluídos e sofrem com a discriminação em vários setores da sociedade. Elas são as maiores vítimas de homicídio, têm maior dificuldade no acesso à saúde, educação, cultura, emprego, moradia digna, postos de liderança. Por isso, queremos provocar a sociedade, o Estado e a imprensa para que o antirracismo seja uma luta de todas e todos por meio da educação em direitos”, explicou Rivana Ricarte.

A presidenta do Condege, Maria José de Nápolis, afirmou que a campanha simboliza a missão institucional da Defensoria Pública e que ANADEP e o CONDEGE trabalharão lado a lado para adotar uma série de medidas com foco no combate a todas as formas de discriminação racial dentro e fora da Defensoria.

A defensora-geral também trouxe dados e relatos sobre vítimas da violência estatal. Conforme aponta o Atlas da Violência, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2019, as pessoas negras são as maiores vítimas de mortes violentas no Brasil. De mais de 65 mil registros, ao menos 75% foram de indivíduos negros, e mais da metade, de jovens entre 15 e 29 anos. “A raiz do racismo é econômica, é política, é social. Nós precisamos falar sobre racismo”, defendeu.

Para a deputada Talíria Petrone, o papel da Defensoria Pública é fundamental na reparação da desigualdade histórica marcada pelo racismo. “É impossível que a gente construa um diagnóstico da sociedade brasileira sem o quesito raça. Não o quesito raça biológico, mas a raça na perspectiva sociológica que coloca pessoas negras, indígenas e quilombolas de forma hierarquizada em relação à população branca numa relação de poder histórica forjada num país colonial”, disse a parlamentar.

A deputada mencionou também a triste realidade vivida pela população negra no Brasil e as consequências da desigualdade social para este grupo. “Quando eu penso o que é o sistema carcerário, o que são os manicômios, o que é a fila do SUS, o que são os cemitérios públicos brasileiros, não tem como não pensar em corpos negros que vivem esse drama no Brasil sem compreender que as instituições brasileiras são forjadas com uma violência racista”, disse.

Talíria Petrone também mencionou a operação policial na comunidade do Jacarezinho, no município do Rio de Janeiro, que culminou em 28 mortes. A ação foi considerada uma das mais letais da história do estado.

Por fim, a coordenadora da Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena, explicou porque a escolha do tema da ação é fundamental. “Se eu falar de mortalidade infantil, de quem estamos falando? Se eu falar de violência doméstica, de quem estamos falando? Se formos tratar aqui da violência estatal ou das abordagens suspeitas feitas por policiais, quem são escolhidos como suspeitos? Então, a raça é algo que determina a nossa vida desde o nascimento até quando a gente morre. Logo, a questão racial deve ser tratada de forma central em nossa sociedade”, defendeu.

A defensora pública também falou sobre as ações afirmativas de cunho racial, que são uma série de políticas públicas com o objetivo de interromper processos históricos de discriminações raciais e garantir a presença da população negra, indígena e quilombola nos espaços de poder. Ela explicou, por exemplo, sobre o funcionamento das cotas nas Defensorias Públicas.

Atualmente, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins têm políticas de cotas, com percentuais que variam de 13% a 30%. “Não podemos naturalizar qualquer tipo de exclusão”, mencionou.

O senador Paulo Paim não pôde estar presente no evento, mas encaminhou vídeo com mensagem às defensoras e defensores públicos. Ele fez referência a Luiz Gama — advogado e figura-chave do movimento abolicionista no Brasil, e cobrou do Governo Federal um plano de vacinação que volte o olhar para as populações vulneráveis, em especial, a população negra e periférica que vem sofrendo com os efeitos da pandemia da COVID-19.

“É ser um exemplo para outras instituições e esse gesto me deixa, mais uma vez, sem palavras. Não é de hoje que a Defensoria Pública cumpra papel fundamental no Estado brasileiro. A negação do racismo é a mola propulsora para as mazelas existentes no País. Sem o seu efetivo enfrentamento, jamais teremos uma sociedade justa, igualitária e solidária para todos. Diversas legislações sobre a temática racial tramitam no Congresso Nacional, mas para que elas sejam apreciadas e aprovadas, o olhar institucional e estrutural antirracista precisa estar presente”, disse o senador.

Webinário: O webinário “#DefensoriaemPauta seguirá até a próxima quarta-feira. As lives serão transmitidas na página do Facebook e no canal oficial da ANADEP no Youtube, sempre às 19h. Amanhã (18/5), o tema será “Tribunais Superiores e a Defensoria Pública”. A live de encerramento, que será no dia 19 de maio, abordará “Defensoria Pública e Movimentos Sociais: um diálogo para ampliação do acesso à justiça”.

Fonte: ANADEP

É HOJE: Lançamento da campanha nacional 2021

A população negra e os povos indígenas representam mais da metade da população brasileira. No entanto, são a parcela da sociedade que mais sofre com os reflexos da desigualdade social e com a exclusão no acesso à educação, saúde e postos de liderança. Para contribuir com a mudança dessa realidade, a Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), com apoio do Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) e das Associações dos estados e do Distrito Federal, lançará no próximo dia 17 de maio (segunda-feira), a partir das 19h, no YouTube (www.youtube.com/canalANADEP), a campanha “Racismo se combate em todo lugar: Defensoras e Defensores Públicos pela equidade racial”.

A iniciativa visa fomentar a necessidade de equidade étnico-racial no acesso a direitos e políticas públicas de pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais.

A live contará com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da presidenta do Condege, Maria José de Nápolis; da coordenadora da Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, Clarissa Verena; do senador Paulo Paim (PT-RS); e da deputada Talíria Petrone (PSOL-RS).

Números

De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em 2020, o Disque 100 – canal gratuito para denúncias de violações de direitos humanos –, recebeu 1490 denúncias de violações relacionadas a racismo e discriminação racial.

A presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, explica que é fundamental a promoção de campanhas sobre o tema para que as pessoas procurem seus direitos. “A nossa campanha quer trazer luz a esse tema do racismo, não apenas na concepção individualista, mas evidenciando como problema estrutural da nossa sociedade que se reflete na vida de pessoas indígenas, negras, quilombolas e povos tradicionais. Queremos demonstrar que o trabalho das defensoras e dos defensores públicos cumpre um papel importante para a garantia de direitos de pessoas que sofrem com a discriminação e violência por causa da cor da sua pele ou etnia”, pontua.

O lançamento faz parte da programação do webinário “#DefensoriaemPauta: desafios para o acesso à justiça” que visa celebrar o dia alusivo à Defensoria Pública, à defensora pública e ao defensor público (19 de maio).

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Fonte: ANADEP

Defensora Pública Hildeth Evangelista é designada para compor como titular o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária

A Defensora Pública Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes, titular da 3ª Defensoria Pública Criminal e assessora jurídica da atual gestão da Defensoria Pública, foi designada pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres, para compor o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Hildeth Evangelista é a primeira Defensora Pública a fazer parte do Conselho.

A designação consta na Portaria Nº 205, do dia 07 do corrente mês, publicada no Diário Oficial da União Nº 86, datado de 10 de maio de 2021. Hildeth Evangelista foi designada na condição de titular para mandato de dois anos, tendo como suplentes Luiz Carlos Rezende e Santos e Marcelo Mesquita Silva.

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária – CNPCP, foi criado em 1980 e tem  atribuições previstas no art. 64 da Lei de Execução Penal – LEP (Lei 7.210, de 1984), é integrado por profissionais da área jurídica, professores e representantes da sociedade civil. Ao longo de sua história, o Conselho tem oferecido relevantes subsídios à implementação de políticas de Estado no âmbito criminal e penitenciário, mediante informações, análises e deliberações para aperfeiçoamento das políticas públicas.

Sobre a designação, a Defensora Pública destaca a responsabilidade. “recebi a informação com muita satisfação e ciente do desafio e da responsabilidade em colaborar nas proposições de diretrizes da política criminal e penitenciária nacional no tocante a prevenção de delitos, a administração da Justiça Criminal, execução das penas e medidas de segurança. Como Defensora Pública tenho a incumbência de zelar pelas garantias constitucionais dos apenados e ajudar na construção de política criminal cada vez mais humanizada, levo também a experiência em atuação na Polícia Judiciária, tendo como objetivo maior a observância harmônica e o cumprimento da legislação em prol da dignidade humana de todos os envolvidos e na proporção de maior possibilidade de segurança à sociedade em geral, bem como do novo papel constitucional que tem os profissionais do sistema prisional, atualmente elevados à condição de policial penal em razão do advento da Emenda Constitucional 104/2019. Será uma honra fazer parte dessa equipe”, afirma Hildeth Evangelista.

Fonte: DPE-PI

 

Programação da Semana Nacional da Defensoria contará com palestras certificadas pela Esdepi

A Defensoria Pública do Estado do Piauí, por meio da Escola Superior da Defensoria (Esdepi), realizará dois dias de programação relacionada à Semana Nacional da Defensoria Pública neste ano de 2021. As palestras acontecerão dias 20 e 21 do corrente mês em formato virtual, por meio da Plataforma Zoom, com transmissão pelo canal da Defensoria no Youtube. Os interessados em assistir as palestras e receber a certificação da Esdepi devem realizar inscrição no site da Defensoria Pública www.defensoria.pi.def.br, acessando a aba Cursos, na parte posterior da página inicial, até às 12h do próximo dia 20.

Os trabalhos serão abertos às 15h do dia 20, pelo Defensor Público Geral, Erisvaldo Marques dos Reis e pela Diretora da Esdepi, Defensora Pública Andrea Melo de Carvalho. Em seguida, às 15h10, a presidente da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-ANADEP, Rivana Barreto Ricarte de Oliveira, que também é titular da 9ª Defensoria Pública Criminal do Estado do Acre, abordará o tema “A Defensoria Pública na Luta Antirracista/Promoção da Igualdade Racial”.

Ainda no primeiro dia será abordado o tema “Racismo”, em palestra da Ouvidora-Geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia, Sirlene Assis, em conjunto com a Defensora Pública na Comarca de Itaparica e coordenadora adjunta do grupo de trabalho de igualdade racial da Defensoria Pública da Bahia, Vanessa Nunes.

“Direitos Humanos em perspectivas feministas, decolonais e antirracistas: novos caminhos para a atuação da Defensoria Pública”, será o tema da palestra ministrada pela advogada, professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da UFBA, Salete Maria da Silva . Maria Pascoa Sarmento, pesquisadora quilombola do Marajó, abordará “Educação Quilombola em tempos de Pandemia”.

Fechando a programação do primeiro dia, a Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite, coordenadora Regional da DPE-PI e do Projeto Vozes dos Quilombos, e a coordenadora executiva da CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Brasil, membro da CECOQ- Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí, Maria Rosalina dos Santos, tratarão sobre “Projeto Vozes dos Quilombos/uma ação afirmativa para a igualdade racial”.

Segundo Dia

O segundo dia do evento iniciará às 17h30 com falas do Defensor Público Geral, Erisvaldo Marques e da Diretoria da Esdepi, Andrea Melo, em seguida, às 17h40, a magistrada brasileira nascida na Síria, Juíza de Direito e Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Kenarik Boujikian, que falará sobre “Racismo, Justiça Criminal e Sistema Carcerário” . Em seguida, Gersem José dos Santos Luciano, que possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Amazonas, mestrado e doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília e atualmente é professor associado no Departamento de Educação Escolar Indígena da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas, falará sobre “O Direito Brasileiro Frente à Autonomia Constitucional dos Povos Indígenas”

A “Luta e resistência dos povos indígenas no Piauí” será o tema abordado pela cacica Maria Francisca Pereira Ferreira, líder da Comunidade Kariri de Serra Grande, no município de Queimada Nova (PI). Miguel Tembé Tenetehara, especializado em administração de sociedade indígena e diretor-presidente da Associação Multiétnica Wyka Kwara, tratará sobre “Promoção de Igualdade e Respeito à Pluralidade Étnica”, fechando a programação do segundo dia.

A Esdepi informa que o envio do link para acesso à plataforma Zoom e confirmação da presença será enviado às 14h do primeiro dia e às 15h do segundo dia para os e-mails informados pelos participantes no ato da inscrição.

Acesso Externo

Fonte: DPE-PI