APIDEP participa da solenidade de nomeação de sete novos defensores e reafirma a importância desse novo contingente para o Piauí

Nesta segunda-feira (19), a Defensoria Pública do Piauí nomeou sete novos defensores para compor o quadro de membros do estado. A solenidade ocorreu no auditório Esperança Garcia, localizado no prédio sede da Defensoria Pública do Piauí. Os aprovados fazem parte da lista do IV Concurso para o provimento de vagas e a formação de cadastro de reserva para o cargo de Defensor Público Substituto do estado.

A Defensora Pública Geral do Piauí, Dra. Carla Yáscar Belchior, após a nomeação, destacou o sentimento de alegria na expansão do corpo de defensores do estado. “É um dia mesmo de festejar a chegada desses sete novos Defensoras e Defensores Públicos, que vão unir forças com os outros 112, então seremos 119 Defensoras, Defensores aí destinados e dedicados a trabalhar, diuturnamente, para levar mais atendimento, mais assistência jurídica a mais pessoas do Piauí”, destacou.

A Associação Piauiense das Defensoras e Defensores Públicos (Apidep), representada pelo presidente Jeiko Leal, participou da posse dos novos defensores junto com outras entidades do estado. O presidente da associação enfatizou a importância da chegada dos novos colegas para toda a categoria. “A nomeação de sete novos defensores e defensoras hoje é de extrema relevância para a nossa ampliação de atendimento das comarcas no interior do estado. O estado do Piauí conta hoje com cerca de 30 comarcas sem assistência da Defensoria Pública e esses sete vão suprir em parte essa necessidade”, destacou o presidente da associação.

 

Entre os nomeados está Nancy Queiroz, de 28 anos, que expressou sua felicidade pela nomeação. “Esse momento é um verdadeiro orgulho por estar compartilhando esse sonho, esse objetivo de vida, com as pessoas mais especiais, com as pessoas que foram marcantes ao longo dessa trajetória. Estou muito orgulhosa por entregar em uma instituição tão honrada com uma defensoria pública do estado do Piauí”, revelou.

Além de Nancy, as Defensoras Públicas Amanda de Andrade Caputo Tejo, Heleonora Cristina Silva Soares, Dantas Duarte, e os Defensores Públicos Isaias Neto Santos Coaracy, Marcus Vinicius Carvalho da Silva Sousa e Nikolai Olchanowski também foram nomeados na última segunda-feira.

Escola Superior da Defensoria certificou mais de 1 mil pessoas durante o ano de 202

A Escola Superior da Defensoria Pública (Esdepi) certificou um total de 1.176 pessoas durante o ano de 2023 por meio da realização de 19 palestras, seminários e cursos, dos quais 7 palestras aconteceram na Semana da Defensoria Pública, que transcorreu de 15 a 19 de maio.

WhatsApp Image 2024-01-18 at 11.03.58Durante o referido ano a Esdepi também emitiu um total de 36 boletins informativos, levando às Defensoras e Defensores Públicos informações atualizadas que contribuíram para o trabalho desenvolvido no âmbito da Defensoria Pública. Visando dar maior visibilidade ao Boletim, o documento foi todo reformulado, tornando-se mais atrativo e fácil de manusear.

A Escola realizou também durante o ano, nos meses de abril e outubro, dois Testes Seletivos para Estágio Não obrigatório de Acadêmicas(os) do Curso de Graduação em Direito. O XXIII Teste Seletivo, realizado em abril, aprovou um total de 435 estudantes de Direito. Já o segundo teste, o XXIV Teste Seletivo, aprovou 473 estudantes.

WhatsApp Image 2024-01-18 at 11.03.59Ainda durante o ano de 2023 foram firmados Termos de Cooperação com a Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA-PI); Centro de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Estado do Piauí (CEAF MP-PI) e Escola do Legislativo “Professor Wilson Brandão”(ELEPI). O Termo de Cooperação com a AMA-PI, firmado no mês de maio, tem por objetivo desenvolver ações voltadas para educação em direitos, atividades e projetos. Com o CEAF o Termo de Cooperação firmado no mês de junho de 2023, permite parcerias entre a Defensoria Pública e o Ministério Público voltadas para a capacitação dos quadros das duas Instituições. Também com a ELEPI o Termo firmado em setembro de 2023, se destina a possibilitar que os cursos, capacitações e aperfeiçoamentos, quer sejam da Esdepi ou da Escola do Legislativo, possam ser aproveitados por ambas as Instituições.

A Diretora da Esdepi, Defensora Pública Sheila de Andrade Ferreira, também esteve presente em várias reuniões para discutir ações voltadas para o bom desempenho da Escola. A Diretora concedeu ainda entrevistas aos meios de comunicação locais contribuindo para divulgar as ações realizadas e, consequentemente, fortalecer o papel desempenhado pela Defensoria Pública.

Sheila de Andrade, afirma que o ano foi produtivo e que as perspectivas para 2024 são as melhores. “Tivemos um ano de muitas atividades, sempre visando proporcionar aos colaboradores da Defensoria, bem como às pessoas que não fazem parte dos quadros da Instituição mas puderam participar de nossas capacitações, a oportunidade de aperfeiçoamento em várias áreas. A realização dos Testes Seletivos, contando com a dedicação de toda a Comissão designada para tal fim, foi outro bom momento para a Escola, já que contribuiu para fortalecer o nosso quadro de estagiárias e estagiários que reconhecidamente nos ajudam a ter o melhor desempenho de nossas funções junto às demandas do nosso público assistido. Enfim, 2023 foi um ano bem produtivo e nossa expectativa é que em 2024 a Esdepi possa seguir colaborando para o fortalecimento da Defensoria por meio de cursos, treinamentos e realização de eventos que contribuam para o nosso aperfeiçoamento funcional”, afirma.

Lideranças Comunitárias de Teresina procuram a Defensoria Pública em busca de orientações para cumprimento do Orçamento Popular

Um total de 24 lideranças comunitárias de Teresina procuraram a Defensoria Pública do Estado do Piauí, por meio do Núcleo de Direitos Humanos e Tutelas Coletivas, no último dia 10, buscando orientação jurídica sobre o Orçamento Popular de Teresina e compromissos feitos pela Prefeitura que alegam ainda não terem sido cumpridos. As lideranças foram recebidas pelo Defensor Público Igo Castelo Branco de Sampaio, que é titular do Núcleo.

Os líderes entregaram ao Defensor Público um documento no qual relatam que as ações da atual gestão municipal relativas ao Orçamento estão em desacordo com a Lei do Orçamento Popular de Teresina, estabelecida pela Lei nº 5.458, datada de 11 de dezembro de 2019.

WhatsApp Image 2024-01-11 at 09.17.34Segundo as lideranças, embora as comunidades tenham participação ativa no processo de eleição e seleção das obras, a Prefeitura não tem executado tais projetos. Diante do fato, as lideranças comunitárias solicitam justificativas acerca do destino desses recursos e pedem uma solução para o fato de que várias obras que deveriam ter sido implementadas em 2023 não terem sido sequer iniciadas, o que afirmam está trazendo inúmeros transtornos para a população.

O dirigente do Movimento Moradia, Noydenil de Paiva Santos, que representa a Associação de Moradores do Parque Bom Futuro, reforça o motivo da procura pela Defensoria. “ O que nos levou a procurar a Defensoria foi porque a Prefeitura de Teresina não cumpriu com os orçamentos populares, temos demandas de 2022 que eram pra serem cumpridas em 2023 e não foram, aí as lideranças de Teresina se uniram para entrar com ação coletiva para que a Prefeitura diga em que ponto estão todas as demandas do orçamento popular, já que tem demandas de 2018 e 2019 que também não forma cump ́ridas. Já estamos em 2024 e não foram executadas obras de 2022”, reforça.

O técnico operacional Denizarte Ribeiro, presidente da Associação de Bairro Conjunto Pedro Balzi e da Associação de Moradores da Vila Nova Esperança (AMOVINE), também diretor de Esporte e Cultura da FECOPI, ratifica a importância de uma resposta da Prefeitura às demandas da população que constam no Orçamento Popular. “O que nos levou a procurar a Defensoria foi denunciar a Prefeitura, saber o motivo de desvio no orçamento que conquistamos por lei. Precisamos de ajuda para que as leis sejam cumpridas. Queremos a liberação do Orçamento Popular”, ressalta o líder comunitário, afirmando ainda que inúmeras ruas previstas para receberem obras continuam do mesmo jeito ou tiveram a situação agravada, estando praticamente intrafegáveis, o que prejudica a população.

Após a reunião o Defensor Público Igo de Sampaio informou que o Núcleo de Direitos Humanos atuará em litigância estratégica com o levantamento das demandas de cada comunidade, para continuidade do procedimento e tomadas das providências cabíveis na seara extrajudicial e judicial. “Por fim restou pactuada futuras reuniões e a construção de cronograma de ações”, destaca o Defensor Público.

Defensoria Pública do Piauí busca melhorias no orçamento para 2024

Atualmente, a Defensoria Pública do Piauí mantém uma atuação forte e efetiva em todo o estado, atendendo 32 comarcas incluindo Teresina, permanentemente, e outras 32 através da Diretoria Itinerante. Em 2023, a Instituição trabalhou no limite orçamentário para manter a qualidade do serviço prestado em todo o Estado. Apesar disso, a previsão para 2024 preocupa.

 

Há necessidade de orçamento maior para atender as necessidades da instituição e expandir no próximo ano, já que há aprovados no último concurso, aptos a suprirem a necessidade de instalação de Defensorias em comarcas que hoje não contam com a presença regular da Instituição. O orçamento em 2023 da Defensoria Pública do Piauí ficou, inicialmente, em 113 milhões de reais, com um acréscimo, no decorrer do ano, por suplementações, de R$ 5 milhões. Mesmo com esse incremento, o orçamento executado pela Defensoria em 2023 ficou em 118 milhões, portanto bem inferior aos dos demais componentes do sistema de justiça.

 

Segundo a Defensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior, a suplementação permitiu que os serviços da instituição sejam desempenhados com mais qualidade. “Em março de 2023, o Governador anunciou uma suplementação de 3 milhões de reais para a Defensoria Pública do Estado. Depois do início da atual gestão, foram feitos vários diálogos com o Governo, que suplementou mais 2 milhões. Então esse orçamento, com a suplementação de 5 milhões, nos permitiu executar o que havia sido planejado para o ano de 2023. Além disso, a Defensoria vem, e isso foi bastante intensificado desde o início do nosso mandato, aprimorando a execução orçamentária, de forma a otimizar os gastos e melhorar a eficiência administrativa”, explicou.

 

A Defensoria Pública do Piauí tem um orçamento bem abaixo dos demais integrantes do sistema de justiça do estado. O presidente da Associação Piauiense das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Piauí, Jeiko Leal, explica que o orçamento precisa acompanhar a crescente demanda da defensoria. “Nós, no sistema de justiça, temos o orçamento de longe mais apertado. O Tribunal de Justiça tem um orçamento, nesse ano, de mais de 840 milhões de reais. O Ministério Público, nesse ano, mais de 270 milhões. A Defensoria com 113 milhões, o que nos deixa numa situação complicada, porque temos que atender a uma demanda crescente, mas como fazer frente a essa crescente expansão, tanto do sistema de segurança pública, como do Tribunal de Justiça, se nós não temos orçamento para acompanhar? É importante lembrar que a Secretaria de Segurança Pública nomeou mais de 1.000 policiais militares esse ano, e o Poder Judiciário nomeou novos juízes também esse ano, esse aumento no efetivo da polícia militar e do judiciário repercute diretamente na demanda de atendimento e atuação da Defensoria Pública. Então, como fazer frente a essa demanda crescente sem orçamento adequado?”, ressalta o presidente da Apidep.

 

BAIXO ORÇAMENTO IMPEDE NOMEAÇÃO DE NOVOS DEFENSORES

Além da questão orçamentária, a Defensoria Pública precisa expandir seu quadro de pessoal. “A Defensoria Pública, que já chegou a 119 membros, hoje tem um número de apenas 112 defensoras e defensores em atividade, portanto muito aquém das demais carreiras do sistema de justiça. Apesar disso, nós atuamos regularmente nas 32 maiores comarcas do Estado, atendendo potencialmente mais de 70% da população do Estado do Piauí, pois estamos em 100% das comarcas de entrância final e na grande maioria das comarcas de entrância intermediária. A maioria da população do Piauí, portanto, já é potencialmente atendida pela Defensoria de maneira regular. Nas outras comarcas, atendemos através da Diretoria Itinerante, que atua em todas as audiências criminais e nos júris, e também através do projeto Itinerante em Ação, que tem um cronograma de atendimentos feitos pela Defensoria Itinerante, junto dessas outras comarcas onde nós não temos sede regular”, reforça a Defensora Pública Geral.

 

Diante da atuação da Defensoria Itinerante em diversas comarcas no interior do estado, existe a necessidade da nomeação de defensores para atender regularmente a necessidade da população do Piauí, notadamente nas 32 comarcas onde a Instituição ainda não possui sede instalada. Carla Yáscar explica que o orçamento limitado é o principal ponto que impede a expansão do corpo de defensores no estado. “Estamos também nos organizando para, à medida que seja possível, fazer novas nomeações de defensoras e defensores. Há 69 aprovados no último certame, aguardando nomeação. Agora é aí que está a nossa principal dificuldade atualmente. Porque a Defensoria Pública encontra-se em um contexto orçamentário difícil, que impossibilita o crescimento efetivo da Instituição. Precisamos acompanhar o crescimento dos demais integrantes do sistema justiça e as demandas decorrentes deste crescimento e da cada vez mais intensa procura dos serviços pela população necessitada. Para isso a Defensoria Pública precisa muito do olhar sensível do Poder Executivo e do Poder Legislativo. É nesse sentido que temos trabalhado, para efetivar o modelo de assistência jurídica integral e gratuita garantido pela Constituição Federal às pessoas hipossuficientes”, explica a defensora pública geral.

 

O presidente da APIDEP, Jeiko Leal, também reforça que, em razão da limitação orçamentária que acarreta na falta de nomeações de novos defensores, impacta diretamente no atendimento à população mais necessitada de nosso estado. “Temos um concurso válido, nós temos como nomear pessoas, nós podemos nomear e devemos, mas precisamos de orçamento que permita essas nomeações. Também por isso precisamos de um aumento no nosso orçamento e de atenção do governo nesse sentido, porque, ao longo dos anos a Defensoria tem sido a Instituição do sistema de justiça menos observada e favorecida em termos de orçamento. Se o governo não olha para isso, nós não podemos atender a uma parcela significativa da população que precisa de um serviço essencial para o exercício da cidadania, que é o acesso à justiça por meio de um Instituição que pode levar a demanda do cidadão às portas do judiciário estadual diante dos juízes de primeiro grau, bem como aos desembargares no Tribunal de Justiça e aos tribunais superiores, seja no Superior Tribunal de Justiça ou no Supremo Tribunal Federal, para fazer valer seu direito. Além do acesso ao judiciário a Defensoria garante o acesso a todo órgão público do estado, caso haja negativa ou dificuldade no atendimento. E tudo isso de forma integral e gratuita”, pontua.

Defensoria Pública terá concerto natalino de integrantes do Projeto Orquestra Escola de Teresina

A Defensoria Pública do Estado do Piauí recebe, no dia 15 de dezembro, grupo formado por alunos do nível avançado do projeto Orquestra Escola de Teresina, um projeto social da Orquestra Sinfônica de Teresina, além de músicos convidados, que apresentarão para o público assistido e integrantes da Instituição um concerto natalino com rico repertório musical. A apresentação vai acontecer às 8h30, no auditório Esperança Garcia, no edifício-sede da Defensoria Pública, na rua Nogueira Tapety, 138, bairro Noivos, em Teresina.

O grupo é regido pelo Maestro Luciano Nascimento Freire, que é músico profissional da Orquestra Sinfônica de Teresina e coordenador do Projeto Orquestra Escola.

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A apresentação feita na Defensoria contará com o seguinte repertório:

             1 – Ária – J S Bach
             2 – Por una Cabeza (tango) – Carlos Gardel
             3 – La Cumparsita (tango) – Rodriguez
             4 – Sarabande – Handel
             5 – Bachiana N.5 – Villa Lobos
             6 – Dona Nobis – Mozart
             7 – Medley de várias músicas natalinas.

A Defensora Pública Geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, afirma que a intenção é proporcionar um momento de interação na Instituição. “A música erudita, também conhecida como música clássica, desperta sempre reações positivas nas pessoas e, comprovadamente, contribui para aumentar emoções, reduzindo inclusive a ansiedade. Nossa intenção com esse momento é, dentro desse período de festas que acontecem todo final de ano, proporcionar a todas e a todos que integram a nossa Instituição essa oportunidade de lazer que certamente será rica e proveitosa. Nossa expectativa é a melhor possível em relação a apresentação e antecipadamente já agradecemos ao Maestro Luciano Freire, assim como aos demais integrantes do grupo, por aceitarem esse convite”, destaca.

Para o Maestro Luciano Freire a iniciativa da Defensoria é louvável. “Vejo como um momento de encanto. A arte tem esse poder, de sondar a nossa parte mais humana. Os idealizadores estão de parabéns”, afirma.

ANADEP promove live para debater papel da Defensoria Pública na promoção de uma educação antirracista e a aplicação da Lei 10.639

Em 2023, a Lei 10.639 completou 20 anos de existência. A legislação torna obrigatório o ensino da história e cultura afrobrasileira e africana em todas as escolas brasileiras. No entanto, após duas décadas de promulgação, poucos avanços aconteceram nas diretrizes do ensino brasileiro em relação ao resgate das raízes étnico-raciais.
Para debater esta temática, a Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP, a Coordenação da região Centro-Oeste da ANADEP e o Fórum de Educação Básica da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores Negros) promoverão, no próximo dia 1º de dezembro (sexta-feira), às 16h, a live “20 anos da Lei 10.639/03: reflexões, práticas e avanços no campo da educação para as relações raciais no Centro-Oeste”.
O debate virtual contará com a participação da presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte; da coordenadora da Comissão Temática de Igualdade Racial da ANADEP, Carla Caroline; do coordenador da região Centro-Oeste da ANADEP, Salomão Rodrigues; e das representantes do Fórum de Educação Básica da ABPN, Cecília Vieira e Tânia Pacífico.
Após a abertura, a live focará no diálogo horizontal entre os(as) defensores(as) públicos(as) dos estados da região Centro-Oeste e os(as) representantes das Instituições de ensino. A ideia é levantar experiências exitosas na aplicabilidade da lei 10 .639 e fazer uma análise sobre a última pesquisa lançada sobre a temática.
A professora Ildete Batista do Carmo e a defensora pública Mayara Tachy trarão as reflexões do Distrito Federal. As representantes do Goiás serão a diretora Nair Pereira Santos Chagas e a defensora pública Lorena Borges. Já o panorama do Mato Grosso do Sul será abordado pela professora Andréia Souza Cássio e pela defensora pública Maria Clara Porfírio. Por fim, a professora Renata Rodrigues e a defensora pública Janaína Yumi vão pontuar as questões do ensino em Mato Grosso.
Para o coordenador da região Centro-Oeste da ANADEP, Salomão Rodrigues, a Lei 10.639/2003 é uma ferramenta poderosa antirracista. “Ao proporcionar conhecimento às nossas crianças e adolescentes sobre nosso passado e sobre figuras históricas de nosso país, contribuiremos para uma sociedade mais inclusiva e antirracista. No entanto, o que percebemos é que o ambiente escolar ainda é espaço para a propagação de conteúdos racistas e de práticas de intolerância religiosa, tudo fruto do achismo e a da falta de conhecimento adequado”, explica.
PARTICIPE!
O QUE: Live “20 anos da Lei 10.639/03: reflexões, práticas e avanços no campo da educação para as relações raciais no Centro-Oeste”
QUANDO: 1º de dezembro (sexta-feira), às 16h

Live “Em ação pela inclusão: consciência negra anticapacitista e o direito à cidade” marca o Dia da Consciência Negra

O dia 20 de novembro marca as celebrações do Dia Nacional de Dandara, Zumbi dos Palmares e Dia Nacional da Consciência Negra, instituído pela Lei 10.639/2003. A data é um momento de celebração do povo afrobrasileiro por meio do movimento #NovembroNegro.

Para marcar a data, a Comissão Temática da Igualdade Étnico-Racial da ANADEP promoveu, nessa segunda-feira (20/11), a live “Em ação pela inclusão: consciência negra anticapacitista e o direito à cidade”. O debate foi transmitido no canal da ANADEP no YouTube.

Com mediação da defensora pública da Bahia Julia Lordelo, a live contou com a participação de Cristina Santos, gestora e metra em Turismo e consultora em acessibilidade na empresa Acesstour; e de Kleidson Oliveira, representante dos usuários dos CAPS e integrante do Movimento Nacional da População de Rua do Distrito Federal.

Julia Lordelo explicou que o principal objetivo da ação virtual foi o de dar visibilidade ao debate sobre as interseccionalidades da população negra brasileira, a partir do debate do direito à cidade. “Queremos falar tanto de moradia adequada quanto do gozo ao lazer e do aproveitamento dos espaços da cidade voltada a uma perspectiva anticapacitista. Assim vamos debater os direitos das pessoas na perspectiva racial e de pessoas com deficiência”, disse.

A primeira convidada Cristina Santos iniciou a live com a provocação: “o turismo só é bom quando é para todos”. A turismóloga explicou que a maioria das reflexões voltadas para os direitos das pessoas com deficiência exclui o direito fundamental ao turismo e lazer.

“A acessibilidade não é só rampa, bebedouro adaptado ou elevadores. Vai muito além disso. A acessibilidade deve ser humanizada. Primeiro a gente trabalha com o humano. O que podemos fazer para ser pertencente à essa cidade? O que essa cidade traz para mim como mulher negra com deficiência? Uma pessoa com deficiência física, com falta de recursos, não vai deixar de comer para viajar. Se ela receber um salário, ela vai preferir comprar uma cadeira de roda de R$6 mil porque ela entende que aquele recurso é o meio de locomoção dela. O discurso tem que envolver os direitos e as necessidades dessas pessoas”, pontua.

Já Kleidson Oliveira mostrou os reflexos do capacitismo na vida de um homem negro. Ele disse que, muitas vezes, foi marginalizado nos espaços que vivia, ouvindo piadas e sendo impedido, por exemplo, de ingressar no exército. Falou também sobre a experiência do período que ficou em situação de rua. “Essas situações me transformaram em um sujeito fragilizado e adoecido. Sentimento de culpa, de inferioridade, o que me trouxe muito problema de saúde mental. Fui parar no vício, embaixo de uma ponte, excluído e, depois, confinado em uma clínica, sofrendo castigos e todo tipo de desumanidade. Lá atrás, eu sofri desprezo, humilhação e todo tipo de higienismo que um homem em situação de rua passa”.

Ao longo da live, os(as) participantes discorreram sobre suas vivências.

FONTE: ANADEP

ANADEP participa de reunião da REDPO, em Brasília

Para criar um ambiente propício de cooperação e integração entre as Defensorias Públicas Oficiais da América Latina, a Defensoria Pública da União (DPU) sediou, nessa quarta-feira (8), a XXXVII Reunião Especializada dos Defensores Públicos do Mercosul (REDPO). O evento ocorreu na sede da DPU, em Brasília (DF), porque atualmente o Brasil exerce a presidência pro tempore na organização intergovernamental. A vice-presidenta institucional da ANADEP, Juliana Lintz, acompanhou os debates.
O encontro foi coordenado pelo defensor público-geral federal em exercício, Fernando Mauro Junior, que reforçou o compromisso da instituição em prestar assistência jurídica pública, gratuita e de qualidade aos(às) cidadãos(ãs) brasileiros(as).
No evento, os(as) defensores(as) conversaram sobre a importância do fortalecimento da defesa dos direitos humanos nos países membros do grupo. Também se comprometeram a continuar a trocar experiências na prestação de assistência jurídica realizada em cada um dos países para melhorar o atendimento aos cidadãos que buscam as Defensorias.
Na ocasião, estiveram também presentes o secretário administrativo permanente da REDPO, Juan de Dios Moscoso; a defensora geral do Paraguai, Maria Lorena Segovia Azúcas; e o defensor nacional do Chile, Carlos Mora Jano. Outros representantes dos países membros do grupo acompanharam a reunião de forma remota.
Mercosul e REDPO
Criada em 2004, a Reunião Especializada de Defensores Públicos Oficiais (REDPO) é um foro do Mercosul direcionado à cooperação e à integração dos países que compõem o bloco econômico. Eles se juntaram para promover o fortalecimento institucional das Defensorias Públicas Oficiais e colaborar na defesa dos direitos humanos e das garantias reconhecidas pelos tratados, legislações e constituições nacionais dos membros e pelas normas do Mercosul.
A REDPO congrega as Defensorias Públicas do Mercosul para a cooperação institucional e a troca de experiências. A presidência é alternada entre os Estados-Partes a cada seis meses, seguindo o critério de ordem alfabética.

ANADEP apoia consulta pública sobre o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes

No dia 31 de outubro, a presidenta da ANADEP, Rivana Ricarte, recebeu na sede da Associação, o defensor público e coordenador geral de Proteção de Direitos na Rede da Secretaria de Políticas Digitais da Secom da Presidência da República, Clériston Cavalcante, e o diretor do Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática, Victor Martins Pimenta. Na ocasião, os representantes trataram sobre consulta pública para coletar informações para a construção de um Guia Oficial com orientações para o uso de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. A presidenta da AGDP, Fernanda Fernandes, também acompanhou a reunião.
Defensoras e defensores públicos podem auxiliar na construção deste Guia Oficial de orientações preenchendo a consulta e divulgando entre parceiros que atuam na defesa da criança e do adolescente. A estimativa do governo é finalizar o documento ao longo de 2024.
A consulta foi aberta pelo Governo Federal e já está disponível na plataforma Participa Mais Brasil. As contribuições poderão ser enviadas até o dia 23 de novembro: https://www.gov.br/participamaisbrasil/uso-de-telas-por-criancas-e-adolescentes
Os diversos riscos relacionados ao uso de telas e dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes, as eventuais soluções para reduzir esses riscos, a possibilidade do estabelecimento de recortes específicos quanto a faixas etárias, ambiente escolar, orientações em relação à publicidade direcionada ao público são alguns exemplos das perguntas da consulta pública. A consulta e o guia também vão contribuir para as decisões das escolas sobre o uso pedagógico dos dispositivos eletrônicos.
A consulta pública é uma iniciativa conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República e dos ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública (MJSP), dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
FONTE: ANADEP

Portal Migalhas destaca artigo de defensoras públicas sobre atuação da Defensoria Pública na proteção das crianças e adolescentes

Portal Migalhas — um dos maiores do país especializado em notícias jurídicas — publicou, nesta quinta-feira (26/10), artigo das defensoras públicas do Espírito Santo que integram a Comissão da Infância e Juventude da ANADEP, Camila Dória (coordenadora da Comissão) e Adriana Peres Marques dos Santos (membra). Sob o título “Defensoria Pública e a proteção às crianças e aos adolescentes” o texto destaca o papel da Defensoria Pública para a promoção de direitos das crianças e dos adolescentes e na construção de horizontes para implementação de um Estatuto que, efetivamente, garanta a infância – e o sonho – a todos os meninos e todas as meninas do Brasil.
FONTE: ANADEP