Defensoria impetra Ação Civil Pública em favor de crianças e adolescentes da Casa de Acolhimento Infanto Juvenil de Parnaíba

A Defensoria Pública do Estado do Piauí, por intermédio da Comissão de Defensoras e Defensores Públicos, instituída por força da Portaria GDPG nº 1.102/2023, de 15 de dezembro de 2023, composta pelos membros Débora Cunha Vieira Cardoso, Gerson Henrique Silva Sousa, Sarah Vieira Miranda, Daniela Neves Bona, Afonso Lima da Cruz Junior e Igor Castelo Branco de Sampaio, sob a presidência da primeira, impetraram Ação Civil Pública (Processo nº 0802858-26.2025.8.18.0031) contra o Município de Parnaíba em favor das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade institucionalizados na Casa de Acolhimento Infanto Juvenil de Parnaíba (CAIP), estabelecimento público municipal, sem personalidade jurídica, mantido pela Prefeitura Municipal de Parnaíba e vinculado à SEDESC (Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania).

A Ação foi resultado de Procedimento Preparatório para a Propositura de Ações Coletivas – PROPAC nº PP000002/2024, resultante da instauração de Procedimento para Apuração de Dano Coletivo (PADAC). O procedimento administrativo interno da Autora foi iniciado para apurar denúncias que sugerem graves violações de direitos das crianças e adolescentes acolhidos na CAIP, tais como ameaças e maus-tratos.

A Comissão de Defensoras e Defensores Públicos vêm realizando inspeções e audiências extrajudiciais, tendo encontrado problemas como períodos de superlotação, ausência de capacitação dos profissionais e falhas no controle de ponto; crianças/adolescentes acolhidos há mais de 04 (quatro) anos, sem progresso para desinstitucionalização. Além disso, foi constatado que a instituição funcionava de modo precário, em descumprimento ao que rege os ditames legais previstos nas Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes e ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Ausência de Plano Político Pedagógico, PIAS e Relatórios desatualizados, falta de Laudo da vigilância sanitária e do Corpo de bombeiros, ausência de controle das doações e estoque de alimentos, falta de alimentos e oferecimento de alimentos vencidos aos acolhidos, bem como o consumo de água não potável. A Casa também funciona com estrutura física incompatível com a de uma residência, já que se trata de uma Escola que foi adaptada para funcionar como instituição de Acolhimento.

2200fd12-0384-4edd-8c4e-bc4c01d58d0eNas inspeções que se seguiram, notadamente na inspeção realizada em fevereiro/2025, a Defensoria Pública constatou que a Casa permanece em estado insalubre, higiene extremamente deficitária, ambiente contaminado com água de fossa e caixa de gordura, ausência de itens de limpeza e de higiene pessoal, alimentos insuficientes e inadequados, crianças sem encaminhamento para atendimento médico e sem fisioterapia, ausência de individualização de roupas, não observância de protocolos em caso de surtos psiquiátricos, pouquíssimos cuidadores e funcionários de serviço geral, ausência de capacitação do corpo de servidores/colaboradores/terceirizados. Além disso, itens decorrentes de segurança e acessibilidade restam inobservados conforme atestado pelo Corpo de Bombeiros e por Engenheiro Perito que foram instados durante o procedimento, o que gerou o pedido de liminar pela Defensoria Pública requerendo a interdição do prédio, com o imediato deslocamento dos acolhidos para a rede hoteleira ou outro local em condições de salubridade, segurança e acessibilidade, obedecidas todas as normas legais supramencionadas e disposições regulamentares.

A Defensoria requereu ainda a nomeação de interventor judicial, para garantir a adequada gestão e funcionamento da unidade de acolhimento para que cessem imediatamente as violações encontradas.

Para a defensora pública Débora Cunha Vieira Cardoso, presidente da Comissão “Foram feitas 4 inspeções na Casa de Acolhimento Infantojuvenil de Parnaíba e 2 reuniões extrajudiciais com os representantes do Município, mas não ocorreram melhorias substanciais. Presenciamos situações estarrecedoras, como falta de alimentação e de água potável para o consumo das crianças. Recebemos denúncias anônimas de ex-servidores que relataram que as crianças com deficiência não recebem os tratamentos médicos adequados, é comum que tenham episódios de surto sem que haja um protocolo para tais situações. Inúmeras vezes são os próprios cuidadores que precisam se cotizar para comprar alimentos e produtos de higiene básica. Na última inspeção, vimos esgoto à céu aberto e muita sujeira. Uma das denunciantes relatou que a brinquedoteca fica fechada, e só é autorizada a abertura quando prevista alguma fiscalização dos órgãos públicos”.e8e44765-bafc-4a02-ba4b-bdb60fbc761e

Para a defensora Pública Sarah Miranda, o Município é obrigado a prestar serviço assistencial de altíssima complexidade, como é o serviço de acolhimento institucional, de forma a observar a legislação pertinente. Os serviços devem garantir dignidade, salubridade, segurança, habitabilidade, alimentação adequada e nutritiva, acesso a serviços médicos, dentre outros, que restaram inobservados no presente caso. Cabe à Defensoria Pública o papel constitucional de promover os direitos da criança e do adolescente, inclusive protegendo-as de toda e qualquer ameaça ou lesão a direito, até mesmo de violência institucional. A situação encontrada nas inspeções revelam sua gravidade, corroborado tudo isso com inúmeros depoimentos e vídeos que foram fornecidos pelos denunciantes, além de relatório do Conselho Tutelar que confirma a gravidade do caso. Assim, não restou outra alternativa que não o ajuizamento da ação de forma que o poder Judiciário possa fazer cessar imediatamente as violações encontradas e salvaguardar os direitos dos acolhidos”.

Para a defensora pública titular da 1ª Defensoria Pública da Infância e Juventude de Teresina, Daniela Neves Bona, “Ao longo desse período de inspeções, apesar de todas as notificações e concessões de prazos para a adequação da estrutura física e capacitação adequada dos profissionais da instituição inspecionada, pudemos constatar que as melhorias necessárias e urgentes não foram atendidas, ao revés, na última inspeção realizada em fevereiro de 2025 a situação encontrava-se bem pior, não restando outra alternativa que não a judicialização da demanda com o objetivo de salvaguardar os interesses das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Assim, esperamos que através do Poder Judiciário possamos efetivar os direitos daqueles que estão sendo diretamente afetados e punidos duplamente, já que vivem em situação de acolhimento sem a devida garantia do mínimo existencial”.

 

FONTE: DPE-PI

Defensoria Pública participa de exposição na AMA em referência ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo

A defensora pública Sheila de Andrade Ferreira, diretora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdepi), participou, nesta quarta-feira (02) da exposição das artistas  Ana Cândida e Germana Queiroz, realizada pela Associação de Amigos  dos Autistas do Piauí (AMA), realizada em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Sheila de Andrade representou no evento a defensora pública geral do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior.

AMA

“Hoje no Dia da Conscientização sobre o Autismo, uma data fundamental para promover a inclusão, o respeito e a compreensão das pessoas no espectro autista, é com satisfação que participo da exposição de fotografias da Germana e Ana Cândido, artistas que  demonstram que o  autismo não é uma limitação, mas sim uma forma única de ver e interagir com o mundo e poder participar da abertura do evento é valorizar a diversidade, pois uma sociedade verdadeiramente justa é aquela que acolhe e dá voz a todos”, afirma Sheila de Andrade.

A defensora informa ainda que o lançamento do fotolivro das artistas Germana Queiroz e Ana cândida acontecerá no dia 30 do corrente mês, a partir das 9h, no auditório Esperança Garcia, no edifício-sede da Defensoria Pública, na rua Nogueira Tapety, 138, bairro Noivos, em Teresina. O evento contará com a participação de representantes da AMA.

FONTE: DPE-PI

Defensorias do Piauí e Maranhão promovem encontro focado na atuação em tribunais superiores

Na tarde desta sexta-feira, 28 de março, a Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE/PI) sediou o I Encontro das Defensorias Públicas do Maranhão e do Piauí, abordando o tema “Estratégias e Desafios no Manejo de Recursos para os Tribunais Superiores na Atuação Defensorial”. O evento foi uma iniciativa conjunta das duas instituições, realizada por meio de suas respectivas escolas superiores.​

O encontro ocorreu às 14h, de forma presencial, no Auditório Esperança Garcia, na sede da Defensoria Pública do Piauí, com transmissão simultânea pela plataforma Teams. Participaram estudantes de Direito e áreas afins, operadores do Direito, membros das defensorias públicas e a sociedade em geral.​

Os debates foram conduzidos por Rodrigo Casimiro Reis, defensor público estadual do Maranhão e chefe de gabinete de ministra do Superior Tribunal de Justiça, e Ana Patrícia Paes Landim Salha, defensora pública de categoria especial do Piauí.​

43a04097-25c0-4f93-bc8b-1e28b1727c2c A defensora-geral do Estado do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, destacou que o encontro representou um marco significativo na cooperação entre as instituições, com o objetivo de promover um intercâmbio de conhecimento e fortalecer a atuação de ambas. “As Defensorias Públicas do Piauí e Maranhão são defensorias irmãs, e é uma alegria proporcionar esse momento de confraternização, de união, de nós refletirmos juntos, defensores do Piauí e do Maranhão sobre nossa atuação estratégica nos tribunais superiores”, disse.

A defensora pública Ana Patrícia Salha avaliou sobre a importância do encontro e a necessidade de um maior diálogo entre as instituições. “Foi um grande prazer estar aqui hoje falando sobre recursos, as estratégias, os desafios, as técnicas que nós usamos para conseguir fazer com que nossos recursos sejam reconhecidos e providos nos tribunais superiores. Hoje é um encontro que reúne duas defensorias públicas irmãs, a defensoria pública do Maranhão e do Piauí, unidas no sentido de levar um conhecimento maior do que acontece nos tribunais superiores a toda a comunidade jurídica”, afirmou.

5a9d2c2a-3506-4b07-97d1-7007574f2192Rodrigo Casimiro Reis enfatizou que o objetivo do encontro foi discutir atuações estratégicas no Superior Tribunal de Justiça, visando ao aprimoramento da atuação dos participantes em prol da população vulnerável. “Este é um momento histórico, o primeiro encontro das Defensorias do Maranhão e do Piauí, o que é muito positivo, pois além da troca de experiências entre os colegas, há também o compartilhamento de conhecimentos jurídicos entre as escolas. São defensorias de estados vizinhos, e certamente este momento contribuirá significativamente para o aprimoramento e a melhoria da prestação de assistência jurídica para a população assistida de ambos os estados”, afirmou.​

O 2° subdefensor-geral do Maranhão, Paulo Costa, também prestigiou a palestra e ressaltou a importância da aproximação institucional entre as defensorias públicas para o aprimoramento dos serviços prestados à população. “Estamos aqui na Defensoria Pública do Piauí, neste encontro histórico, o nosso primeiro encontro entre as defensorias do Maranhão e do Piauí, aproveitando a proximidade entre nossos universos, colegas que vivem e atuam aqui na região. É um momento que nos aproxima ainda mais dos usuários do Piauí e do Maranhão. Esperamos estreitar laços com nossa instituição irmã e, claro, trocar experiências e avançar cada dia mais na política pública de justiça”, concluiu.

A diretora da Escola Superior da Defensoria, Sheila de Andrade Ferreira, também destacou a relevância do evento. “Este é um evento em parceria entre as Escolas das Defensorias Públicas do Piauí e Maranhão, que se unem para falar de um tema extremamente relevante para toda a categoria, que é a atuação da Defensoria em relação aos tribunais superiores. Unir Defensorias muitas vezes se torna necessário porque são debatidos temas, são comparados sistemas processuais em relação a dois estados diferentes, o que pode proporcionar uma solução mais efetiva, uma comparação entre os estados e uma tese muito mais eficiente em relação não só aos estados que estão ali debatendo, mas a outros estados do Brasil que podem se ver diante daquela situação. Fiquei muito contente de ter recebido o convite da Escola Superior do Maranhão para estar sediando esse evento e poder proporcionar essa tarde de debate tão importante acerca do tema”, afirmou.
Os participantes da palestra terão direito a certificação pela Esdepi, com carga horária de 4 horas/aula.

 

FONTE: DPE-PI

Defensoria participa da abertura do 3º Congresso das Mulheres Policiais

A defensora pública Sheila de Andrade Ferreira, diretora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdepi), participou, nesta sexta-feira (28), do 3º Congresso das Mulheres Policiais, realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, no SESC Cajuína. Sheila de Andrade representou oficialmente a defensora pública geral do Piauí, Carla Yascar Bento Feitosa Belchior.

O objetivo do evento foi promover a integração e a valorização das mulheres que atuam nas forças de segurança em todo o Estado.

Durante a abertura, o delegado-geral do Piauí, Luccy Keiko, destacou o momento. “É importantíssimo. As mulheres hoje, que são um grande número nas polícias, estão ocupando muitos espaços de direção. E a mulher é muito mais organizada, muito mais detalhista, trabalha com mais esmero e dá outra visão, que às vezes nós não temos, inclusive para investigar e coibir a participação de mulheres também no crime, e isso é muito importante”, destacou.

A defensora pública Sheila de Andrade também se manifestou sobre o Congresso. “É um evento importante que destaca a participação feminina e premiou diversas profissionais da área que se destacam no exercício de suas funções, o que é uma iniciativa importante e que merece ser reproduzida sempre”.

A Defensoria Pública é fortalecida com a decisão do STF que veda uso de fundo da defensoria para custeio de advogados privados

A Defensoria Pública conquistou uma importante vitória na última quarta-feira (19). O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional uma lei do Estado de São Paulo, aprovada em 2017, que destinava parte do orçamento do Fundo da Defensoria Pública ao pagamento de advogados privados contratados por meio de convênios para prestar assistência jurídica à população vulnerável.

A ADI 5644 julgada pelo STF foi proposta pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), que defendeu que a lei de São Paulo feria princípios constitucionais ao usar recursos públicos destinados à Defensoria para custear convênios com advogados particulares.

Para Jeiko Leal, presidente da Associação Piauiense das Defensoras e Defensores Públicos (APIDEP), o posicionamento do STF representa um significativo avanço para toda a instituição. “Essa decisão é muito importante porque reforça o modelo constitucional de assistência jurídica integral e gratuita, garante a autonomia integral da gestão desses fundos para a Defensoria Pública sem nenhum tipo de ingerência. Lá em São Paulo, essa lei foi de iniciativa do governador. Então veja, o STF diz que o governador não pode ter esse tipo de ingerência na Defensoria Pública ao declarar inconstitucional a Lei 1.297/2017”, explica o presidente da associação piauiense.

No Piauí, o Governo do Estado encaminhou à ALEPI no ano passado a Lei Complementar Estadual nº 304, de 30 de agosto de 2024, que institui o pagamento de advogados pelo Estado em comarcas onde não há defensores públicos.

O presidente da APIDEP ressalta que a decisão do STF na última quarta-feira (19) fortalece ainda mais o posicionamento contrário da APIDEP em relação à Lei Complementar que foi adotado no estado do Piauí. “Essa decisão de São Paulo reforça a importância do modelo público e, de certa forma, tem reflexos aqui no Piauí, onde foi instituído o modelo suplementar de assistência jurídica com a criação do Fundo da Advocacia Dativa. É uma decisão importante para essa discussão aqui no estado, pois já demonstra o posicionamento do STF quanto ao tema, que é importante para o modelo público de assistência jurídica”, finaliza Jeiko Leal.

Defensoria participa de audiência pública na Câmara de Teresina para discutir abastecimento de energia na zona rural

O Defensor Público Igo Castelo Branco de Sampaio, titular do Núcleo de Direitos Humanos e Tutelas Coletivas da Defensoria Pública do Estado do Piauí, participou na última quinta-feira, dia 13 de março, de audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Teresina, para discutir o fornecimento de energia prestado pela Equatorial na zona rural da capital. A audiência foi proposta pelo vereador Carlos Ribeiro.

Durante o momento, que contou com a participação de representantes da Equatorial, foram apontados os problemas enfrentados pela população da zona rural. O vereador Carlos Ribeiro pontuou o que motivou a audiência pública. “São necessários esclarecimentos diante de diversas reclamações recebidas e considerando que nos últimos anos, especialmente durante o período chuvoso, a população de teresinense sofre com constantes faltas de energia, na zona rural então o descaso é bem maior, a população chega a passar três dias ou mais sem energia o que resulta em perdas de medicamentos que precisam ser resfriados, perda de insumos por parte dos pequenos comerciantes e demais transtornos, daí a necessidade desta audiência pública visto que a mesma é um instrumento de diálogo pacífico que pode trazer essas respostas para a população”, afirmou o vereador. resposta a população.

Em sua fala, o defensor público Igo Castelo branco destacou a necessidade de um melhor acolhimento às indagações da população por parte da Equatorial bem como a melhoria da prestação do serviço ofertado. “A população rural já enfrenta uma invisibilidade histórica, não só em relação ao fornecimento de energia como também a ausência de várias políticas públicas. E quando falamos de energia, não é só o efeito prático em si, mas o que ocorre em relação a falta dela, que acarreta a ausência de diversos direitos fundamentais, afetando a saúde, trabalho e segurança. A energia traz desenvolvimento daí a necessidade de uma oferta permanente para a população bem como de uma resposta imediata sobre qualquer transtorno que venha a ocorrer, resposta esta que hoje é dificultada por um sistema de call center. Muitas vezes se aguarda dias sem uma resposta efetiva. (…) mas na verdade o grande ponto é quais os entraves? Por que as constantes faltas de energia? A comunidade tem o direito de saber o que está ocasionando a reiterada situação e é preciso uma mudança de entendimento com a comunidade, para além de um acesso via whatsApp de um programa de inteligência artifical”, disse.

Ao final de sua fala o defensor público Igo Castelo Branco propôs que seja enviada pela Equatorial à Câmara um diagnóstico da situação, com mapeamento da zona rural e metas de expansão da empresa. Também colocou a Defensoria à disposição para compor comissão destinada a promover o diálogo entre a Equatorial e a População da zona rural.

 

FONTE: DPE-PI

Atendimentos realizados pela Defensoria Itinerante cresceram 149,5% em relação a 2023

A Diretoria Itinerante da Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE/PI) divulgou os dados referentes às atividades realizadas entre janeiro e dezembro de 2024, evidenciando a crescente demanda pelos serviços da Instituição, especialmente nas regiões onde não há atendimento de forma permanente. Ao longo do período, foram executadas 53.157 ações, um aumento de 61,9% em relação a 2023, quando foram registradas 32.828 atuações, e de 149% em comparação com 2022, quando foram realizadas 21.318 atividades.

Dentre essas ações, os atendimentos totalizaram 39.993, abrangendo consultas processuais, alterações de registros de nascimento, reconhecimento de paternidade, exames de DNA, acordos de guarda, entre outras demandas consensuais. Esse volume representa um crescimento de 149,5% em comparação ao ano anterior, que contabilizou 16.028 atendimentos, e um aumento expressivo de 395% em relação a 2022, quando foram registrados 8.079 atendimentos.

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O levantamento inclui atendimentos prestados fora das sedes da Instituição, alcançando também municípios com núcleos da Defensoria já estabelecidos, bem como aqueles realizados por meio de parcerias com órgãos, instituições e entidades.

 

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O grande destaque das ações desenvolvidas pela Diretoria Itinerante em 2024 foi o projeto ‘Defensoria Itinerante em Ação’, principal iniciativa da Defensoria Itinerante e carro-chefe dos atendimentos promovidos pelo setor. O projeto tem como objetivo levar justiça e garantir direitos a pessoas em situação de vulnerabilidade a população que reside em localidades sem atendimento permanente da Instituição. Por meio dessa iniciativa, milhares de cidadãos tiveram acesso a serviços jurídicos essenciais, contribuindo para a redução da desigualdade no acesso à justiça e garantindo soluções eficazes para demandas reprimidas. O crescimento constante das atividades reforça a necessidade da interiorização da Defensoria Pública, permitindo que cada vez mais municípios contem com um atendimento permanente e eficiente prestado pela DPE/PI.

Os dados apresentados contemplam todas as atividades desempenhadas pela Defensoria Itinerante nas áreas cível e criminal, tanto em atendimentos presenciais quanto remotos. Entre essas atividades estão ações coletivas, recursos, audiências de conciliação, instrução e julgamento, flagrantes recebidos, pedidos de liberdade, petições e demandas administrativas.

Segundo o balanço, as demandas cíveis foram as mais recorrentes, totalizando 45.196 atuações (85%), das quais 38.997 foram atendimentos. Já as demandas criminais somaram 6.895 atuações (12,9%), sendo 996 atendimentos. Além disso, 1.066 (2%) atividades corresponderam a demandas administrativas e outras ações, totalizando 53.157 atuações realizadas em 2024.

 

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Dr. Alessandro Andrade Spíndola

Alessandro Andrade Spíndola, Diretor da Itinerante

O defensor público Alessandro Andrade Spíndola, Diretor da Defensoria Itinerante, celebrou os resultados alcançados e reforçou a necessidade de interiorização da Instituição, com o objetivo de levar cada vez mais os serviços para as localidades que não possuem núcleos da Instituição instalados. “O crescimento expressivo no número de atendimentos realizados em 2024 reflete tanto o reconhecimento da população sobre os serviços prestados pela Instituição quanto o empenho das defensoras e defensores públicos, servidoras e servidores, estagiárias e estagiários. Todos trabalham incansavelmente para garantir um atendimento de qualidade à população hipossuficiente que busca na Defensoria a solução de suas demandas. Estamos satisfeitos com os resultados de 2024 e seguiremos empenhados em aprimorar ainda mais os serviços oferecidos em 2025. Contudo, os números mostram que a Defensoria Itinerante, embora essencial, não pode ser a única forma de garantir acesso à justiça no interior do Estado. A ampliação da Defensoria Pública nas comarcas ainda não atendidas de forma permanente é um passo fundamental para garantir a assistência jurídica integral e gratuita à população”, afirmou.

Núcleo da Mulher em Teresina recebe mulheres em situação de vulnerabilidade

O projeto atende mulheres em situação de violência doméstica e questões familiares

O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março, destaca a importância das conquistas femininas e relembra as lutas históricas para assegurar direitos essenciais. Em Teresina, o Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (NUDEM), da Defensoria Pública do Piauí, conquistou avanços e segue realizando um trabalho de acolhimento para as mulheres que precisam. Nos dois primeiros meses de 2025, o NUDEM contabilizou 94 novos casos e realizou 1.504 atendimentos na capital. Em 2024, o número total de atendimentos foi de 9.447.

Segundo a associada da Associação dos Defensores Públicos do Piauí (APIDEP) e titular da 1ª Defensoria Pública da Mulher do Piauí, Dra. Lia Medeiros do Carmo Ivo, o novo espaço recém inaugurado para sediar o NUDEM, é uma das primeiras conquistas em 2025. “Agora, as mulheres são atendidas em um ambiente único e estruturado para oferecer acolhimento e privacidade. Com essa nova estrutura, conseguimos enxergar mais claramente todas as etapas do atendimento à mulher: o início, o meio e o fim do processo. Isso traz uma sensação de pertencimento e valorização, algo que muitas mulheres expressam ao chegar no espaço. Algumas até se surpreendem ao perceber que todo aquele suporte foi pensado exclusivamente para elas”, explica.

Dentre as mulheres que passam diariamente no núcleo, temos a senhora Doralice da Silva Costa, de 52 anos. Segundo Doralice, o novo espaço só trouxe benefícios. “Eu já vinha sendo acompanhada desde a primeira sede do núcleo. O atendimento é excelente, e tem atendido todas as minhas expectativas. Ter um espaço próprio faz toda diferença e sempre que tenho alguma dúvida, como hoje, venho aqui”, revelou animada.

Além da nova sede do núcleo, as mulheres que buscam um auxílio também podem recorrer aos atendimentos da Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no dia 9 de março de 2024. Com atendimento integral às vítimas de violência, onde podem encontrar um acolhimento, apoio psicossocial, jurídico e uma brinquedoteca para as crianças.

Para Dra. Lia Medeiros, a Casa da Mulher Brasileira em Teresina é uma referência fundamental para o acolhimento das mulheres em diversos setores jurídicos. “Muitas mulheres procuram a Casa não apenas por violência doméstica, mas também para acessar outros serviços voltados à mulher. Um dos propósitos fundamentais da Casa da Mulher Brasileira é garantir que nenhuma mulher saia sem um encaminhamento adequado. Assim, mesmo aquelas que não estão em situação de violência doméstica, mas necessitam de orientação jurídica, por exemplo, são devidamente encaminhadas. Se uma mulher busca assistência para um divórcio, mas não está em um contexto de violência, ela receberá as orientações necessárias e será direcionada ao primeiro atendimento do núcleo central”, destaca a defensora pública.

Formada lista tríplice para o cargo de Defensor (a) Público(a) Geral do Piaui para o biênio 2025/2027

Foi definida, após votação virtual, a lista tríplice destinada à escolha da próxima ou do próximo Defensor (a) Público (a) Geral do Estado do Piauí. O resultado apontou a Defensora Pública Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, com 73 votos, correspondendo a 29,20%, o Defensor Público João Batista Viana do Lago Neto, com 68 votos, correspondendo a 27,20%; e o Defensor Público Jeiko Melo Hohmann Britto , com 57 votos, correspondendo a 22,80%, para comporem a lista tríplice. A Defensora Pública Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes, que também concorreu ao cargo, obteve 52 votos, o que corresponde a 20,80%. Todos os 122 Defensores (as) Públicos (as) aptos (as) a votar compareceram ao pleito.

O processo foi conduzido pela equipe da Coordenação de Tecnologia da Informação (TI), sob a coordenação da Comissão Eleitoral presidida pela Defensora Pública Ana Patrícia Paes Landim Salha; com a Vice-Presidência da Defensora Pública Germana Melo Bezerra Diógenes Pessoa e o Secretariado da Defensora Pública Sara Maria de Araújo Melo; tendo ainda como suplente o Defensor Público Gervásio Pimentel Fernandes.

A Presidenta da Comissão Eleitoral, Ana Patrícia Salha, afirma que o pleito transcorreu com a normalidade esperada. “A eleição dos(as) componentes da lista tríplice aconteceu de forma democrática, com a participação efetiva das Defensoras Públicas e dos Defensores Públicos com atuação tanto da capital como do interior do Estado. O processo, realizado de forma virtual por meio do sistema E-Voto, foi célere, com participação expressiva, e conferiu como em pleitos anteriores a segurança essencial para a votação. Em nome da Comissão agradeço ao Conselho Superior pela confiança depositada e parabenizo a todos e todas que colocaram seus nomes à disposição para o cargo, desejando desde já sucesso àquela ou àquele que for escolhido(a)”, ressaltou.

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A lista tríplice será encaminhada ao Governador do Estado, Rafael Fonteles, que terá o prazo de 15 dias para escolher um dos componentes para ocupar o cargo de Defensor(a) Público(a) Geral do Estado para o Biênio 2025/2027.

 

Fonte: DPE-PI