Ao longo da semana, o Congresso Nacional ficou praticamente parado, com sessões limitadas em Plenário e com muitas discussões entre a base aliada e a oposição.
Mesmo com a instabilidade na agenda legislativa, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou, na segunda-feira (22), que o início das discussões da Reforma da Previdência, em Plenário, ocorrerá entre os dias 5 e 12 de junho. Maia defendeu a manutenção do calendário e diz que não será instrumento para desestabilização do governo em um momento de grave crise política.
No entanto, em entrevista à Folha de São Paulo, o relator da PEC 287, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que a Reforma da Previdência não tem data para ir a Plenário. Segundo ele, hoje não é possível garantir nem mesmo que o texto será votado pelo Congresso.
Até a última semana, o governo trabalhava para conquistar um placar de ao menos 308 deputados (mínimo para aprovação na Câmara).
Conforme o presidente da ANADEP, Antonio Maffezoli, os defensores continuam mobilizados. “Estamos atentos a todos os movimentos na Casa, pois há uma grande instabilidade na pauta. A ANADEP continua acompanhando intensivamente os próximos movimentos para que a Reforma da Previdência seja rejeitada ou que haja melhoras em pontos específicos do projeto, como já mencionado anteriormente”, explica Maffezoli.
Na próxima semana, a diretoria da ANADEP e a assessoria legislativa continuarão a monitorar toda a pauta. Já foram convocadas atividades legislativas para os dias 6 e 7 de junho, em Brasília.
Sobre os pedidos de impeachment do presidente da República, Michel Temer, Maia disse que não decidiu ainda sobre o assunto. Já foram protocolados 12, segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora. *Com informações da Câmara dos Deputados.
Fonte: ANADEP